Poliartrite

Sinais e Sintomas

O principal sintoma é a inflamação das articulações. Além disso, podem aparecer nódulos duros (nódulos reumatóides) nas regiões de maior atrito da pele, como os cotovelos, ou na zona dorsal dos dedos das mãos e dos pés; também podem localizar-se nos órgãos internos. Com o tempo, a deterioração progressiva das articulações afectadas pode levar a deformidades.

Quando a doença se inicia, normalmente manifesta-se como inflamação simétrica (ie. em ambos os lados do corpo) das pequenas articulações (mãos, punhos e pés) que se encontram rígidas pela manhã. Decorrido um tempo variável (em média dois anos) após o diagnóstico, as articulações podem já encontrar-se deformadas pela inflamação crónica.

Sinais e sintomas que se apresentam na artrite reumatóide:

  • Dor articular;

  • Inflamação articular;

  • Rigidez articular (sensação de “prisão” dos movimentos): geralmente aparece pela manhã e vai desaparecendo progressivamente à medida que o doente exerce a sua actividade diária; a sua duração e intensidade são variáveis.

Outros sintomas são:

  • Cansaço;

  • Febre;

  • Dores no corpo.

A AR pode estar associada a uma outra doença denominada síndroma de Sjögren, caracterizada pela inflamaçãodas glândulas que produzem as lágrimas, a saliva, os sucos digestivos oua secreçãovaginal, provocando secura da pele, boca, olhos, vagina, etc. Por isso, é necessário identificar a existência destes sintomas e informar o médico, para que seja feito o acompanhamento e o tratamento adequados.

Distúrbios das mãos

Os distúrbios comuns das mãos incluem uma variedade de deformidades, cistos, infecções, doença de Kienböck, síndromes de compressão do nervo, tenossinovites não infecciosas e osteoartrite. A síndrome da dor de complexo regional (distrofia simpático-reflexa) é discutida na Síndrome da dor regional complexa, e as lesões das mãos são discutidas no Fraturas, luxações e estiramentos.

Avaliação

Achados de história e exame físico são normalmente diagnósticos de distúrbios das mãos.

História

A história deve incluir informação sobre trauma ou outros eventos que possam estar associados aos sintomas. Presença e duração da deformidade, além da dificuldade com o movimento, são notadas. Presença, duração, gravidade e fatores que exacerbam ou aliviam a dor são evocados. Os sintomas associados, como febre, edema, rashes, fenômeno de Raynaud ( Síndrome de Raynaud), parestesia e fraqueza, também são registrados.

Exame físico

O exame deve incluir inspeção e palpação, observando sensibilidade, deformidade, edema e eritema. A amplitude de movimento ativo deve ser testada por qualquer lesão possível do tendão. A amplitude de movimento passivo pode avaliar se os movimentos específicos agravam a dor. A sensibilidade é testada mais precisamente pela descriminação de dois pontos, com a utilização de dois finais de um clipe de papel. O teste da função motora envolve músculos inervados pelos nervos radial, mediano e ulnar. O exame vascular deve incluir avaliação do preenchimento capilar, punho radial e ulnar e testes de Allen ( Gasometria arterial). O teste de estresse é útil quando há suspeita de lesões de certos ligamentos (p. ex., polegar do caçador em Lesão do Ligamento Colateral Ulnar do Polegar, Estiramentos específicos e rupturas tendinosas : Estiramentos no ligamento ulnar colateral (polegar de guarda-caça)). O teste provocativo pode auxiliar o diagnóstico de tenossinovite e síndromes de compressão do nervo.

Testes laboratoriais

Os testes laboratoriais têm um papel limitado. Radiografias simples e a ressonância nuclear magnética são úteis para detectar lesões, artrite e doença de Kienböck ou para mostrar corpos estranhos escondidos, os quais podem ser fontes de infecções. Os testes de condução do nervo podem ajudar a diagnosticar as síndromes de compressão do nervo. Exames ósseos podem ajudar a diagnosticar fraturas ocultas e distrofia do reflexo simpático.

Como evitar as dores musculares

As dores musculares, em quase todas as circunstâncias, são o reflexo de que não cuidou do seu corpo como devia, seja procedendo a esforços excessivos e irresponsáveis, seja deixando-se tomar pelo sedentarismo e pela falta de exercício físico ou por outros erros.

Estes factores são, muitas vezes, decisivos e determinantes para que as tensões musculares surjam e se instalem, podendo ser apenas o início de males mais graves.

Perante isto, já percebeu que há diversas atitudes que pode e deve tomar no seu dia-a-dia e que o podem ajudar a reduzir as possibilidades de vir a sofrer de dores musculares.

Deixamos-lhe de seguida algumas dicas para poder evitar as dores musculares…

Saia de casa e faça exercício

A prática continuada de exercício físico é uma excelente ideia para promover uma melhor saúde global e, logo, para evitar o aparecimento de tensões e dores musculares. Exercitar os músculos de forma regular ajuda a proteger o corpo contra as tensões e os esforços que possa vir a executar futuramente.

Mas, é importante que saiba exercitar-se. Não vá querer chegar ao ginásio, no seu primeiro treino, logo a partir a loiça toda! Deve começar gradualmente, dentro das suas possibilidades, pois, caso contrário, poderá potenciar o aparecimento de lesões musculares.

Os exercícios desmedidos ou desadequados à sua compleição e experiência em termos desportivos poderão causar problemas graves e permanentes. Por isso, convém ter cuidado!

Nunca descure o aquecimento

Ainda neste capítulo da prática desportiva, é conveniente que tenha sempre presente a importância de fazer um bom aquecimento, antes de entrar propriamente na rotina de exercícios. O aquecimento ajuda os músculos a entrarem no ritmo do treino, o que permitirá evitar as lesões e dores musculares mais comuns.

Muitos dos problemas que surgem neste âmbito, nomeadamente entre praticantes desportivos, resultam de aquecimentos desadequados ou inexistentes. Os exercícios de alongamento são sempre uma boa opção, neste capítulo, seja antes ou depois do treino, ajudando os músculos a relaxarem, quer para entrarem em acção (prevenção), quer para a fase de descanso.

Conheça os seus limites

Não há mal nenhum em querer ultrapassar os seus próprios limites, pôr-se à prova e desafiar-se constantemente, mas é preciso que conheça até onde pode ir. Não queira dar um passo maior do que a perna, carregando o que não pode e exercitando-se por mais tempo do que devia e com uma intensidade demasiado forte para aquilo que está habituado.

Urge que conheça o seu corpo e que saiba com racionalidade, e até alguma humildade, até onde pode e deve ir. Procure melhorar e evoluir gradualmente.

Aposte em hábitos de vida saudáveis

Não beber álcool, nem consumir açúcar em excesso, bem como não ingerir qualquer tipo de droga ou de substância química perniciosa é uma óptima medida para evitar as dores musculares. Não quer dizer que não possa beber um copo com os amigos, socialmente, mas é importante que o faça com moderação. O bom senso é sempre a melhor forma de regular a sua vida.

Tenha atenção ao que come

Levar a cabo uma alimentação saudável é um passo essencial para não ter problemas de saúde. Uma ideia que se estende às dores musculares – uma boa forma de as evitar é comendo de forma sadia, sem exagerar no açúcar e no sal. Aposte em refeições diversificadas, com grande quantidade de legumes, e se pratica desporto físico com intensidade é importante que consuma proteínas quanto bastem, pois estas ajudarão a prevenir lesões musculares. E beba bastante água.

Cuide do seu sono

Um bom sono revigorante é um elemento fundamental para enfrentar um quotidiano intenso e também para evitar os males do foro muscular. Deve procurar dormir oito horas por noite, em média, num colchão confortável que lhe mantenha o corpo na postura adequada, com bom apoio da cabeça e pescoço, evitando assim as tensões musculares.

Dores musculares no peito

Um enfarte pode começar, entre outros sinais, por uma dor no peito, parecida com uma dor muscular qualquer. Todavia, é preciso convir que nem todas as dores de tipo muscular no peito são indício de um enfarte do miocárdio. Um dado que contudo não deve desvalorizá-las, sendo sempre uma boa ideia consultar um especialista no sentido de apurar a sua origem e de debelar o eventual problema que as causou.

O que pode provocar dores musculares no peito?
As dores musculares no peito ou tórax podem ter diversas causas, muito distintas na sua essência e nas consequências que acarretam. Algumas doenças podem aparecer associadas a dores deste tipo, que começam no peito e se estendem a outras áreas, nomeadamente às costas. É o caso de algumas deformidades músculo-esqueléticas e de alguns problemas do foro estomacal, mas também o stress as pode originar.

A lista de maleitas associada às dores musculares no peito é extensa e pode causar tanto receio como o Acidente Vascular Cerebral. Cancro do pulmão, aneurisma da aorta, embolia pulmonar, pericardite e esofagite são apenas alguns desses casos. Este tipo de dores também pode indiciar problemas ao nível das articulações, como a artrite e a artrite reumatóide.

A zona, uma forma de herpes, é outra doença que pode causar dores musculares na região do peito e do tórax, uma zona que acolhe diversos órgãos fundamentais, como é o caso do coração e dos pulmões, e que, quando afectados, deixarão sinais de alerta naquela área.

Alguns problemas esqueléticos

ALGUNS PROBLEMAS ESQUELÉTICOS FREQUENTES

Nas crianças em fase de crescimento, os ossos podem apresentar-se desalinhados. Esses problemas incluem escoliose, pela qual a coluna vertebral se encurva anormalmente, e uma variedade de problemas que afectam os ossos das ancas, o fémur, os joelhos e os pés. Muitas vezes, o problema soluciona-se por si mesmo, mas às vezes a causa é uma perturbação que deve ser tratada.

Escoliose

A escoliose é a curvatura anormal da coluna vertebral.

Cerca de 4 % de todas as crianças entre os 10 e os 14 anos têm escoliose perceptível. Aproximadamente entre 60 % e 80 % de todos os casos afecta as raparigas. A escoliose pode manifestar-se como um defeito de nascimento. Quando se desenvolve depois, não se encontra nenhuma causa em 75 % dos casos; o resto é causado pela poliomielite, paralisia cerebral, osteoporose juvenil ou outras doenças.

 

Escoliose

Sintomas e diagnóstico

A escoliose ligeira é habitualmente assintomática. Pode sentir-se fadiga nas costas quando se permaneceu sentado ou parado durante um período de tempo prolongado, seguida de uma dor mais muscular localizada e, finalmente, de uma dor mais forte.

As curvas, na sua maioria, são convexas para a direita na parte superior das costas e para a esquerda na parte inferior; portanto, o ombro direito é mais alto do que o esquerdo e uma anca pode ser mais alta do que a outra.

A escoliose ligeira pode detectar-se numa exploração médica de rotina. Um pai, professor ou médico poderá suspeitar se a criança tiver um ombro que parece mais alto do que o outro ou quando a roupa descai de um dos lados do corpo. Para diagnosticar a doença, o médico solicita que a criança se incline para a frente e observa a coluna vertebral de trás, já que a curva espinhal anormal se detecta mais facilmente nesta posição. As radiografias contribuem para confirmar o diagnóstico.

Prognóstico e tratamento

O prognóstico depende do lugar em que se encontra a curva anormal, da gravidade e do momento em que os sintomas se manifestam. Quanto mais pronunciada for a curvatura, maior será a probabilidade de piorar.

Metade das crianças com escoliose perceptível precisa de tratamento ou de um controlo cuidadoso por parte do médico. Um tratamento oportuno pode evitar uma deformação maior.

Normalmente, uma criança que tem escoliose é tratada por um especialista ortopédico. Pode usar-se um colar plástico para manter a coluna direita. Em algumas ocasiões, realiza-se uma estimulação eléctrica da coluna vertebral, por meio de pequenas correntes eléctricas aplicadas aos músculos da mesma, que permitem endireitá-la. Por vezes exige-se cirurgia para fundir as vértebras, inserindo uma vara de metal que permite manter a coluna direita até que as vértebras se tenham fundido.

A escoliose e o seu tratamento podem causar problemas psicológicos, prejudiciais para a imagem do adolescente. O uso de um colar ou de uma armação de gesso poderá preocupar a criança por parecer diferente dos outros, e a hospitalização e a cirurgia podem ameaçar a independência de um adolescente. Contudo, renunciar a estas soluções poder ter como consequência uma deformidade permanente. A assistência e o apoio podem ser úteis.

Problemas do osso ilíaco e do fémur

Numa criança, os fémures podem torcer-se para dentro, de tal forma que os joelhos se enfrentam parcialmente (joelhos que se roçam) e os dedos dos pés se unem. Dormir de boca para baixo com as pernas esticadas ou estar sentado ou a dormir com os joelhos elevados para o peito pode agravar o problema. Se a afecção persistir depois dos 8 anos, a criança deve consultar um cirurgião ortopédico.

Em crianças muito pequenas, os fémures habitualmente apontam para fora. Quando dormem de boca para baixo com os pés apontando em direcções opostas e com as pernas voltadas para fora, pode-se prolongar a doença. Rodar as pernas para o centro com cada mudança de fralda pode ser útil, mas na maioria dos casos a doença corrige-se quando a criança aprende a andar.

Nos adolescentes, a claudicação (coxeio) e a dor de anca ou, de vez em quando, de joelho ou de coxa podem ser causadas por um deslizamento epifisário da cabeça femoral, em que a extremidade superior (epífise) do fémur se desloca. Em crianças mais pequenas, os mesmos sintomas podem dever-se à perda do fornecimento de sangue ao colo do fémur (doença de Legg-Calvé-Perthes).

Deslizamento epifisário da cabeça femoral

O deslizamento epifisário da cabeça femoral é uma deslocação da extremidade superior crescente (epífise) do osso da anca (fémur).

Esta perturbação é habitual entre adolescentes com peso a mais, geralmente do sexo masculino. Embora a causa seja desconhecida, a perturbação pode dever-se a uma placa de crescimento espessa (porção do osso onde tem lugar o crescimento), que se vê afectada por valores de hormona do crescimento e estrogénio no sangue.

O primeiro sintoma pode ser a rigidez da anca, que melhora com o repouso. Depois, aparece a claudicação (coxeio), seguida de dor de anca que se estende desde a parte interna da coxa até ao joelho. A perna afectada, geralmente, encontra-se voltada para fora. A cabeça do fémur pode deteriorar-se, causando colapso da placa de crescimento. As radiografias da anca afectada mostram um alargamento da placa de crescimento ou uma posição anormal da cabeça do fémur.

 

Deslizamento da epífise da cabeça femoral

É importante um diagnóstico precoce, visto que o tratamento se torna mais difícil à medida que a perturbação avança.

A cirurgia correctiva pode ser necessária para colocar a placa de crescimento na sua posição correcta e segurá-la com pregas metálicas. O adolescente é imobilizado com uma armação de gesso durante várias semanas ou inclusive meses.

Problemas de joelho: genu varo e genu valgo

genu varo e o genu valgo, se não forem tratados, poderão causar osteoartrite nos joelhos com o passar dos anos.

genu varo é frequente nas crianças pequenas e, habitualmente, corrige-se aos 18 meses de idade. Se o genu varo persiste ou piora, a causa pode ser a osteocondrose tibial (doença de Blount) ou raquitismo, anomalia do desenvolvimento ósseo causada pela carência de vitamina D. (Ver secção 12, capítulo 135A vitamina D é necessária para a incorporação normal de cálcio nos ossos. A doença de Blount pode ser tratada, por vezes, por meio de uma tabuinha que se usa à noite, mas em geral exige cirurgia. O raquitismo pode ser tratado habitualmente com suplementos de vitamina D.

genu valgo é menos frequente. Inclusive em casos graves, a doença habitualmente corrige-se por si mesma aos 9 anos de idade. Se persistir depois dos 10 anos, pode ser necessário recorrer à cirurgia.

Nos adolescentes, a cartilagem sob a rótula pode amolecer devido a uma degenerescência desconhecida ou a uma lesão mínima ocasionada pela má posição da rótula. Este estado denomina-se condromalácia patelar. Causa dor, especialmente ao subir ou descer escadas. O tratamento consiste em realizar exercícios para fortalecer os músculos que rodeiam os joelhos, evitar as actividades que produzem dor e administrar aspirina para aliviar esse sintoma.

Problemas do pé

Um de cada 100 recém-nascidos sofre de alguma anomalia do pé, mas a maioria resolve-se sem qualquer tratamento. Um bebé pode aparentar ter um pé chato por causa de uma almofadinha saliente que se encontra no arco do pé. Habitualmente, o arco pode ver-se quando o bebé se põe em bicos. Se uma criança mais crescida tiver dores ou cãibras por ter os pés chatos, pode precisar de sapatos correctores.

Osteomielite

A osteomielite é uma infecção do osso, geralmente provocada por uma bactéria, embora também, em alguns casos, por um fungo.

Quando o osso se infecta, inflama-se muitas vezes a medula óssea. Como o tecido inflamado faz pressão contra a parede exterior rígida do osso, os vasos sanguíneos da medula podem comprimir-se, reduzindo ou interrompendo o fornecimento de sangue ao osso.

Se o afluxo sanguíneo for insuficiente, algumas partes do osso podem morrer. A infecção também pode avançar por fora do osso e formar acumulações de pus (abcessos) nos tecidos moles adjacentes, como o músculo.

Causas

Os ossos, que normalmente estão bem protegidos da infecção, podem infectar-se por três vias: a circulação sanguínea, a invasão directa e as infecções dos tecidos moles adjacentes.

A circulação sanguínea pode transmitir uma infecção aos ossos a partir de outra zona do corpo. A infecção costuma manifestar-se nas extremidades dos ossos do braço e da perna no caso das crianças e na coluna vertebral nos adultos. As pessoas que estão em tratamento de diálise por insuficiência renal e as que se injectam com drogas têm uma predisposição particular para contrair uma infecção das vértebras (osteomielite vertebral). Também se podem originar infecções na parte do osso em que se implantou uma peça de metal, como no caso de uma cirurgia devido a uma fractura da anca ou de outros sítios. As vértebras também podem ser infectadas pelas bactérias que causam a tuberculose (doença ou mal de Pott).

Alguns organismos podem invadir o osso directamente através das fracturas expostas, durante uma intervenção cirúrgica sobre o osso, ou através de objectos contaminados que nele penetrem. A infecção numa articulação artificial (contraída em geral durante a intervenção cirúrgica) pode estender-se ao osso adjacente.

A infecção nos tecidos moles que rodeiam o osso pode estender-se ao mesmo ao fim de vários dias ou semanas. Esta infecção pode ter a sua origem numa zona lesada por uma ferida, por radioterapia ou por cancro, ou numa úlcera da pele causada por má circulação ou diabetes, ou ainda numa infecção dos seios perinasais, dos dentes ou da gengiva.

Sintomas

Nas crianças, as infecções ósseas contraídas através da circulação sanguínea causam febre e, em certas ocasiões, dor no osso infectado alguns dias depois. A área que está por cima do osso pode inflamar-se e inchar e o movimento pode ser doloroso.

As infecções das vértebras desenvolvem-se de forma gradual, causando dores de costas persistentes e sensibilidade ao tacto. A dor piora com o movimento e não se alivia com o repouso nem com a aplicação de calor ou a ingestão de analgésicos. A febre, um sinal frequente de infecção, está frequentemente ausente.

As infecções ósseas provocadas por infecções nos tecidos moles adjacentes ou por invasão directa causam dor e inchaço na zona localizada por cima do osso; podem formar-se abcessos nos tecidos circundantes. Estas infecções podem não provocar febre. Os resultados das análises de sangue podem ser normais. É habitual que o doente que apresenta uma infecção numa articulação ou num membro artificial sofra uma dor persistente nessa zona.

Se uma infecção óssea não for tratada de maneira eficaz, pode produzir-se uma osteomielite crónica. Por vezes, este tipo de infecção passa despercebida durante muito tempo, já que pode não produzir sintomas durante meses ou anos. É frequente que a osteomielite crónica cause dor no osso, produzindo infecções nos tecidos moles que estão sobre o mesmo e uma supuração constante ou intermitente através da pele.

A drenagem tem lugar quando o pus do osso infectado abre caminho até à pele e forma um trajecto (trajecto fistuloso) desde o osso até à pele.

Fases da infecção de uma vértebra e do disco intervertebral

Diagnóstico

Os sintomas e os resultados do exame físico podem sugerir osteomielite. A zona infectada aparece quase sempre anormal numa cintigrafia óssea (com isótopos radioactivos como o tecnécio), excepto nas crianças; em contrapartida, pode não se manifestar numa radiografia até 3 semanas depois do aparecimento dos primeiros sintomas. A tomografia axial computadorizada (TAC) e a ressonância magnética (RM) também identificam a zona infectada. Contudo, nem sempre distinguem as infecções de outras perturbações do osso. Para diagnosticar uma infecção óssea e identificar a bactéria que a causa, devem colher-se amostras de sangue, de pus, de líquido articular ou do próprio osso. Em geral, numa infecção das vértebras analisam-se amostras do tecido ósseo que são extraídas por meio de uma agulha ou durante uma intervenção cirúrgica.

Tratamento

Nas crianças ou adultos com infecções ósseas recentes a partir da circulação sanguínea, os antibióticos são o tratamento mais eficaz. Se não se pode identificar a bactéria que provoca a infecção, administram-se antibióticos eficazes contra o Staphylococcus aureus (a bactéria causadora mais frequente) e, em alguns casos, contra outras bactérias. No princípio os antibióticos podem ser administrados por via endovenosa e mais tarde por via oral, durante um período de 4 a 6 semanas, dependendo da gravidade da infecção. Algumas pessoas necessitam de meses de tratamento. Em geral não está indicada a cirurgia se a infecção for detectada na sua fase inicial, embora, por vezes, os abcessos sejam drenados cirurgicamente.

Para os adultos que sofrem de infecções nas vértebras, o tratamento habitual consiste na administração de antibióticos adequados durante 6 a 8 semanas, por vezes em repouso absoluto. A cirurgia pode ser necessária para drenar abcessos ou estabilizar as vértebras afectadas.

O tratamento é mais complexo quando a infecção óssea é consequência de uma infecção dos tecidos moles adjacentes. Habitualmente, tecido e osso morto são extraídos cirurgicamente e o espaço vazio resultante enche-se com osso, músculo ou pele sãos, e depois trata-se a infecção com antibióticos.

Em geral, uma articulação artificial infectada deve ser extraída e substituída por outra. Os antibióticos podem ser administrados várias semanas antes da intervenção cirúrgica, de modo a poder extrair-se a articulação artificial infectada e implantar simultaneamente a nova. O tratamento só é eficaz em alguns casos e pode ser necessário recorrer-se a uma intervenção cirúrgica, quer para fundir os ossos da articulação, quer para amputar o membro.

As infecções que se propagam ao osso a partir das úlceras do pé, causadas por má circulação ou diabetes, implicam muitas vezes várias bactérias e simultaneamente são difíceis de curar apenas com antibióticos. A cura pode exigir a extirpação do osso infectado.

Dor nos dedos da mão

Dor digital.

Dor em um ou mais dedos.

Considerações gerais:

Existem muitas pessoas que têm algum dedo que já foi ferido e continua um pouco torto ou rígido. A mão funciona muito bem com essas pequenas deformidades. Os dedos não precisam abrir ou fechar completamente para serem funcionais.

Não espere que uma lesão nos dedos cicatrize completamente. Mesmo após a cicatrização estar completa, é possível ainda haver algum desconforto ou rigidez.

A osteoartrite provoca inchaço nodoso das articulações dos dedos e também pode provocar problemas na base do polegar (espere um pouco de dor e rigidez). Não é requerido nenhum tratamento específico, além de exercícios.

Um entorpecimento ou formigamento pode indicar um problema com os nervos ou com a circulação.

Causas comuns:

  • lesão ou trauma
  • osteoartrite
  • fenómeno de Raynaud
  • artrite reumatóide
  • artrite reumatóide juvenil (ARJ)
  • qualquer problema com os nervos dos dedos ou da mão
  • circulação reduzida nos dedos.

Obs.: pode haver outras causas para este problema.

Cuidados em casa:

Evite atividades que causem ou agravem a dor.

Procure manter as articulações dos dedos imóveis para que possam cicatrizar, mas faça exercícios brandos de alongamento para manter o movimento e a agilidade. Alonge as articulações gentilmente (apenas até começar a sentir um pouco de desconforto) duas vezes por dia para manter o movimento, mas não as force.

Utilize o bom senso para realizar atividades que sejam menos stressantes para as articulações. Por exemplo, uma maçaneta grande pode ser agarrada com menos esforço que uma maçaneta pequena.

Evite medicamentos fortes para a dor, já que estes tendem a mascará-la e podem levar a atividade ou exercício em excesso.

Os medicamentos anti-inflamatórios podem ajudar. Qualquer medicamento prescrito para a inflamação deve ser tomado somente de acordo com as instruções do seu médico.

Solicite assistência médica e farmacêutica se:

  • a dor nos dedos for causada por lesão
  • o problema persiste após duas semanas de tratamento em casa
  • há entorpecimento ou formigamento dos dedos
  • há muita dor quando imóvel
  • é impossível endireitar os dedos.

O que esperar na consulta:

Será obtida a história clínica e realizado um exame físico.

A documentação detalhada da história clínica poderá incluir as seguintes perguntas:

  • localização
    • qual parte foi afetada exatamente?
    • está presente nas duas mãos?
    • está presente em todos os dedos?
    • qual dedo?
    • está presente somente numa articulação em particular? Qual?
  • evolução
    • quando é que a dor nos dedos começou?
    • quanto tempo durou?
    • é contínua ou vem e vai?
  • características
    • a dor ocorre em forma de queimação?
    • a dor é intensa?
    • a dor é aguda?
  • história clínica
    • houve uma lesão recente?
    • quais outros sintomas também estão presentes?

O exame físico inclui um exame dos movimentos da mão e dos dedos.

Exames para o diagnóstico:

Um raio X da mão pode ser indicado.

Intervenção:

Injeções de cortisona numa articulação particularmente ruim do dedo podem ser indicadas, mas raramente ajudam. A cirurgia também pode não ser muito eficaz para as articulações pequenas.

Após a consulta:

O diagnóstico poderá ser incluído no seu registo médico pessoal.


Dores nas costas

As dores no fundo das costas, as chamadas lombalgia, podem surgir em qualquer idade, mas são mais frequentes entre os 45 e os 64 anos. O envelhecimento natural tem alguma influência no seu aparecimento, mas o grande responsável parece ser o sedentarismo: sem exercício físico, os músculos abdominais e das costas perdem força e tornam-se menos eficazes na função de ajudar a coluna a suportar o corpo. A coluna acusa a sobrecarga e queixa-se, na maioria dos casos, através de uma dor dita não específica, por não existir um problema ou doença que possa ser apontada como causa. Na maioria dos casos, o problema desaparece em duas semanas, mas a fase aguda pode estender-se até 6 semanas.

Fatores de risco
O risco de sofrer de dores no fundo das costas aumenta com a idade. As profissões que implicam trabalhos muito pesados, elevação de cargas, exposição a vibrações, pouca atividade física ou a permanência sentado durante longos períodos favorecem esta dor. É o caso, por exemplo, dos trabalhadores da construção civil, dos operários que usam ferramentas pneumáticas e dos empregados de escritório. O tabaco, o stresse, a ansiedade, a baixa satisfação profissional, a falta de apoio social e a má relação com os colegas também parecem despertar o sofrimento.

A lombalgia pode surgir de forma repentina sem nenhuma causa aparente ou, por exemplo, após um esforço ou uma distensão muscular. Em geral, limita-se à região lombar e à perna. Não produz formigueiro e pode piorar quando se torce, estica e dobra ou quando se deita. Em geral, diminui ao adotar a posição fetal. Por regra, o problema desaparece entre uma e duas semanas, mas a fase aguda pode estender-se até seis semanas. Os tratamentos ajudam a reduzir a dor e a melhorar a funcionalidade, para que o paciente possa realizar as atividades do dia-a-dia.

Dicas para recuperar

  • Não permaneça na cama durante muito tempo. Tente prosseguir com a sua rotina diária, incluindo a atividade física e profissional.

  • Se necessário, tome analgésicos para combater a dor. O paracetamol é o mais indicado. Se não resultar, tome anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno.

  • Os exames complementares de diagnóstico, incluindo a ressonância magnética ou a TAC, não têm utilidade na maioria dos casos. Não insista com o médico para que os prescreva.

  • Evite transportar objetos pesados. Se o fizer, caminhe com as costas direitas, esforçando os abdominais. Ao empurrar a carga, poupa mais as costas do que ao puxá-la ou carregá-la.

  • Não fume e pratique exercício físico regulamente. Caminhada, corrida ou natação: qualquer atividade ajuda. Não há provas de que exercícios específicos para as costas sejam mais eficazes do que manter-se em forma e ativo.

  • Se a dor persistir, consulte o médico de família. O psicólogo também pode ajudar, dado que a vertente psicológica e social influenciam o sofrimento.

Problemas no pulso

O pulso é composto por 8 ossos do carpo, que é apoiado por uma passagem chamada túnel do carpo. Embora não possamos perceber, fazemos uso do nosso pulso para realizar quase todas as atividades durante o dia como cozinhar, comer, escrever, amarrar cadarços de sapatos, etc ..Qualquer problema no pulso pode causar dor, inchaço ou inflamação em que ela faz uma pessoa incapaz de movê-lo e realizar atividades diárias. Lesão no pulso é uma coisa muito comum dar essa parte do corpo que é utilizado o tempo máximo todos os dias.

Causas e Tratamento de Transtornos de pulso

Entorse de pulso

A entorse é um alongamento natural ou ruptura de um ligamento que pode ser causada devido a várias razões. Lesão acidental é a causa mais comum de entorse no pulso. Movimento súbito, de elevação de objectos pesados, torção ou de pressão pode resultar em rasgar do ligamento. Fratura óssea devido a acidentes e atividades esportivas também é um dos problemas mais significativos. Entorses do punho pode ser tratada com analgésicos. Mas, se o ligamento é completamente rasgado, uma cirurgia é necessária.

Síndrome do Túnel do Carpo

A pessoa sofre de síndrome do túnel do carpo  quando os nervos no túnel do carpo são compactados devido a razões específicas. Embora a causa exacta desta doença é desconhecida, acredita-se que a obesidade, hipertiroidismo, gravidez e artrite pode fazer com que ele. Dor no punho conjunta, desconforto, sensação de queimação ou formigamento na mão e os dedos, dormência, etc.  são os sintomas desta doença. Tratamento da síndrome do túnel do carpo depende da causa subjacente e gravidade da mesma. Em casos menos graves, repouso, analgésicos, etc.  são usados ​​enquanto que, por vezes, o tratamento ortopédico, ou a cirurgia é necessária.

Tendinite de pulso

Inflamação ou irritação dos tendões do pulso devido a trauma, e mais ou menos o uso dos resultados de pulso nesta desordem. Síndrome do túnel cárpico é muitas vezes confundida com tendinite de pulso como os sintomas são mais ou menos similar. O posicionamento inadequado do pulso enquanto estiver dirigindo ou fazendo qualquer ação repetitiva também pode causar este transtorno. Tendinite do punho é também um dos problemas mais comuns que surgem devido à digitação. Dor e incapacidade de mover o pulso são os sintomas desta doença. Para além disto, às vezes, inchaço, dor e rigidez são  também observados. Em casos menos graves, medicamentos anti-inflamatórios e exercícios são úteis para o tratamento da tendinite do punho, enquanto que em casos graves, a cirurgia pode ser necessária. Deve-se lembrar que, se tendinite do punho permanece sem tratamento por mais tempo, pode levar a danos permanentes.

Artrite Reumatóide
A artrite reumatóide é a inflamação das articulações que pode ser causada devido a uma variedade de razões. É muito comum em pessoas idosas sem cura definitiva para ele. Inflamação grave e dor nas articulações, como punhos e joelhos são os sintomas proeminentes da artrite reumatóide. Embora a artrite reumatóide não pode ser curada, a dor pode ser reduzida por certos medicamentos receitados. Medicamentos anti-inflamatórios são usados ​​para reduzir o inchaço e a dor causada nas articulações.

Além destes, invasão de pulso dorsal e fratura óssea são os problemas no pulso comuns para ginastas. Deve-se lembrar também que o uso excessivo repetitivos das mãos, punhos, dirigindo por muito tempo, escrever, escrever, etc.  podem também levar a várias doenças.

Evitar a dor no punho
Deve-se lembrar que o exercício regular do pulso e as mãos podem ajudar na prevenção da dor e problemas comuns. Um deve estar em uma posição confortável durante a digitação e escrita, e também faça intervalos regulares a partir dele. De outro lado, uma dieta nutritiva e exercícios de fortalecimento ajudam a manter os músculos fortes. Ginastas e desportistas devem ter bastante cuidado ao fazer uso de suas mãos e músculos. Deve-se evitar a torção repentina ou giro do pulso e também devem evitar a elevação súbita de objetos pesados. Por último, se dor persistente é observada, deve-se consultar imediatamente o médico.

Deve-se lembrar que todos os problemas de pulso podem  ser superados  por meio de exercícios e tratamento. Mas, é igualmente importante seguir as precauções para evitar lesões no pulso. Recomenda-se usar esta informação somente para fins educacionais. Tome cuidado!

A importância da almofada na saúde

Escolha a almofada ideal: Previna ou alivie dores cervicais, de ombros e cabeça

As dores do pescoço, cabeça e ombros podem ser originadas ou pioradas pela escolha incorrecta da almofada.

Passamos cerca de 6 a 8 horas a dormir. Uma boa noite de sono é essencial para a saúde geral do organismo. A escolha da almofada ideal é importante para prevenir ou aliviar cervicalgias (dor cervical/pescoço), rigidez articular da coluna cervical, cefaleias (dores de cabeça) e omalgias (dores no ombro). Nos dias que correm, mesmo sem patologia de base, muitos são os portugueses que sofrem de cervicalgias devido às alterações posturais impostas pelo mundo moderno. A origem destas alterações posturais surge com os hábitos de vida profissional e pessoal, que exigem muitas horas na posição de sentado, com ergonomias muitas vezes desadequadas, assim como, erros na escolha da almofada e forma como se dorme.

Para evitar o surgimento de sintomas deve respeitar-se a posição neutra articular da coluna cervical, preencher a sua curvatura normal (lordose, concavidade posterior) e a distância entre a cabeça e o ombro (varia consoante a morfologia corporal). A almofada tem de manter estas distâncias evitando dormir com a cabeça demasiado levantada (em flexão) ou demasiado caída para trás (em extensão), se nos deitarmos de barriga para cima. Escolha almofadas mais preenchidas no seu terço inferior. Principalmente para quem opta por esta forma de dormir, a utilização de um rolo ou toalha enrolada com o diâmetro correspondente à curvatura da coluna cervical, pode constituir uma boa alternativa em situações de dor intensa. Se a posição favorita para dormir for a lateral devemos evitar ter a cervical inclinada (para cima/baixo). Para verificar se a almofada tem a altura correcta, coloque-se em pé e averigue se esta preenche a distância exacta entre a cabeça e o ombro. Quem dorme mais frequentemente de barriga para cima deve escolher uma almofada mais baixa do que quem dorme preferencialmente de lado (em situações de estatura semelhante). A posição de barriga para baixo é totalmente contra-indicada, uma vez que, promove uma rotação extrema da coluna cervical.

A escolha de uma almofada em espuma de memória elástica (viscoelástica/poliuretano) é uma boa opção, esta molda-se à anatomia corporal e permite uma boa distribuição do peso. No entanto, são geralmente mais caras e mais quentes. O poliéster também é uma boa alternativa, tem um material firme, mantém o seu formato, promove um bom suporte e é uma escolha mais económica. As almofadas de penas devem ser moldadas à curvatura da coluna ou à posição que mais frequentemente utiliza para dormir. No entanto, são menos firmes, menos resistentes e podem provocar alergias. As almofadas em látex podem ajudar a manter uma postura correcta e, por serem arejadas, são ideais para as alergias, mas levam mais tempo a moldar-se à curvatura da coluna.

A durabilidade de uma almofada é de cerca de 2 a 3 anos para manter as suas propriedades iniciais e por questões de higiene (contém células de pele, ácaros, fungos e pó).