Disfunções sexuais gerais

“A saúde sexual é um estado de completo bem-estar físico, emocional, mental associado à sexualidade e não só à ausência de doença ou enfermidade” (OMS, Organização Mundial de Saúde).

A pessoa pode apresentar alterações ou perturbações no seu ciclo de resposta sexual surgindo as dificuldades ou disfunções sexuais que impedem a vivência de uma vida sexual satisfatória e gratificante.

As causas que podem estar na origem ou contribuir para estas dificuldades, podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas. Problemas de saúde físicos e psicológicos, uso de medicamentos, tabagismo, problemas afetivos ou de natureza relacional, falta de experiência sexual e de conhecimento do corpo, traumas sexuais, assim como fatores socio económicos e profissionais, podem refletir-se de forma negativa na resposta sexual.

As disfunções sexuais podem ser desencadeadas por causas orgânicas e, muitas vezes agravadas pela sua repercussão emocional.

Uma disfunção pode ser primária, se coincide com o início da atividade sexual e secundária se foi adquirida ao longo do tempo. Pode ser generalizada, se está presente em qualquer circunstância, ou situacional, se está presente apenas em determinadas circunstâncias.

Uma consulta junto de um terapeuta especializado é uma forma eficaz de desbloquear medos e ansiedades, permitindo a construção de atitudes positivas em relação ao sexo. A educação e informação sobre a resposta sexual humana, são também muito importantes e eficazes na resolução ou diminuição do impacto que algumas dificuldades sexuais têm na pessoa. Em alguns casos, as abordagens terapêuticas poderão incluir a sugestão de determinados exercícios e técnicas específicas.

Neste âmbito, a APF dispõe de consultas de “Sexologia e Aconselhamento Conjugal”.

Disfunções sexuais femininas
Desejo sexual hipoativo
Consiste na diminuição ou ausência total de desejo sexual. A mulher não manifesta interesse por atividades sexuais ou eróticas preliminares e não sente desejo de iniciar a atividade sexual, podendo ocorrer o evitamento do contacto físico íntimo.

Alterações hormonais, doenças endocrinológicas, toma de determinados medicamentos ou fatores psicológicos tais como depressão ou perturbações da ansiedade, podem contribuir para a diminuição do desejo sexual.

Aversão sexual
Consiste na aversão do contacto sexual com consequente evitamento de todo ou quase todo o contacto sexual genital.

Atitudes negativas face ao sexo, educação sexual repressiva, historial de violência/abuso, dispareunia, são alguns dos fatores que podem contribuir para esta dificuldade.

Perturbação da excitação sexual
Consiste na dificuldade em adquirir ou manter um estado de excitação sexual adequada até a consumação da atividade sexual, frequentemente expressa pela ausência ou diminuição da lubrificação vaginal.

Alterações endocrinológicas, por exemplo na amamentação e menopausa, podem conduzir a diminuição de lubrificação vaginal, assim como algumas doenças crónicas como a diabetes, doenças da tiróide, toma de determinados medicamentos ou tabagismo.

Fatores psicológicos como ansiedade, stresse e depressão, assim como fatores de ordem relacional como a falta de estimulação adequada do/a parceiro/a e deficiente comunicação, são alguns dos fatores que também podem contribuir para esta dificuldade.

Perturbação do orgasmo
A perturbação do orgasmo consiste na dificuldade ou incapacidade persistente ou recorrente de atingir o orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual.

Algumas doenças neurológicas, alterações hormonais, uso de determinados fármacos, álcool e consumo de algumas drogas, a idade (jovem) e atitudes negativas em relação à atividade sexual, são alguns dos fatores que podem influenciar negativamente a fase orgástica.

Dispareunia
Dor persistente na zona genital ou pélvica durante as relações sexuais. Embora a dor seja experimentada com maior frequência durante o coito, também pode ocorrer antes ou após a relação sexual.

Determinados problemas orgânicos como inflamações ginecológicas, fatores relacionais, conflitos psicossexuais, são algumas das causas podem contribuir para que a mulher sinta dor na relação sexual.

Vaginismo
Dificuldade da mulher em tolerar a penetração, devido à contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes ao terço inferior da vagina.

Podem estar na origem do vaginismo fatores orgânicos ou fatores psicológicos e emocionais que incluem:

Falta de informação e crenças erradas ou negativas sobre a sexualidade (culpa, educação conservadora)
Inexperiência que pode conduzir a medos ou bloqueios e a uma resposta condicionada
Experiências prévias com dor.
Traumas
Disfunções sexuais masculinas
Muitos homens sentem-se ainda muito retraídos na procura de ajuda médica relativamente a problemas de carácter sexual e reprodutivo que possam ter. Mas, quanto mais cedo assumirem que podem precisar de apoio e aconselhamento médico, mais qualidade de vida ganham. É importante partilhar para não sofrer. Muitas das disfunções são facilmente tratáveis.

As disfunções sexuais masculinas mais comuns são:

Tipo de disfunção
Desejo
Perturbação de desejo sexual hipoactivo

Excitação
Disfunção eréctil

Orgasmo
Disfunções Ejaculatórias

Inibição do orgasmo

Dor Dispareunia
Perturbação de desejo sexual hipoactivo
“Ausência ou deficiência persistente ou recorrente de fantasias e desejo de actividade sexual” (Fonte: DSM IV)

Causas psicológicas:

Pode estar associada a outras disfunções sexuais no homem ou na parceira
Distanciamento emocional e conflitos no casal também foram associados a esta disfunção, embora seja difícil perceber se é a causa ou a consequência desta disfunção
Doenças psiquiátricas (depressão e perturbações de ansiedade)
Acontecimentos de vida, luto e outras perdas
Causas orgânicas

Efeitos gerais de uma doença física
Doenças físicas específicas: Doença hepática, Tumores pituitários secretores de prolactina, Deficiência de testosterona (rara, embora seja frequente na prática clínica os doentes associarem a sua diminuição do desejo à diminuição de testosterona, sendo mais dificil reconhecer causas mais prováveis como a perda de atracção pela parceira)
Iatrogenia : Antihipertensores, antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes
Disfunção eréctil
A idade é um fator que se relaciona com o aparecimento de disfunção eréctil. Enquanto os indivíduos mais jovens têm mais probabilidade de desenvolver disfunção eréctil de causa psicológica, os homens com mais idade desenvolvem habitualmente disfunção eréctil de causa orgânica, devido a uma maior comorbilidade com diversos fatores de risco.

A disfunção eréctil ou impotência sexual é a incapacidade persistente ou recorrente para atingir ou manter uma ereção adequada até completar a atividade sexual, provocando acentuado mal-estar ou dificuldade interpessoal.

A disfunção eréctil pode dever-se a várias causas, nomeadamente orgânicas, psicológicas ou mistas.
Para a resolução da disfunção eréctil é fundamental não só a ida a um especialista, para se chegar a um diagnóstico adequado, como o diálogo aberto com a(o) parceira(o).

As causas da disfunção erétil podem ser muito variadas:

Doenças vasculares (arteriosclerose, problemas cardíacos, hipertensão, etc.)
Problemas neurológicos (lesões nervosas, esclerose múltipla, doenças degenerativas, etc.)
Diabetes
Problemas hormonais (redução na produção de hormonas)
Uso de determinados medicamentos
Problemas psicológicos
Stresse
Depressão
Ansiedade de execução
Medo do fracasso
Baixa auto estima
Insatisfação / Conflito conjugal
Informação deficiente/mitos sobre a sexualidade
Uma vez que as causas da disfunção erétil são de natureza diversa, os tratamentos podem envolver o aconselhamento sexual, uma terapêutica medicamentosa e em alguns casos a cirurgia. Antes de qualquer decisão, o profissional de saúde poderá começar por dar alguns conselhos que podem ser benéficos para a saúde sexual do homem, nomeadamente a prática de exercício físico, alimentação cuidada, redução do consumo do álcool ou tabaco, bem como um maior tempo de descanso.

Disfunções ejaculatórias
Ejaculação prematura, precoce ou rápida

Dificuldade em controlar a ejaculação, que em alguns casos pode ocorrer antes, no momento da penetração ou logo após a penetração, limitando a satisfação sexual. É uma das disfunções sexuais mais comuns, sobretudo entre os mais jovens, no entanto, muitas a vergonha face a esta dificuldade, não permite que muitos homens procurem tratamento.

As causas são sobretudo psicológicas, relacionadas com ansiedade e stresse, mas podem estar envolvidas causas biológicas. Pode também estar associada a consumo de álcool ou drogas. O seu tratamento poderá incluir a terapia sexual, psicoterapia e medicação.

Anejaculação

Ausência completa de ejaculado estando conservada a sensação de orgasmo. Deve-se à inexistência de fase de emissão, havendo fase de expulsão.

Etiologia:

Principais Causas psicológicas:

Receio de provocar uma gravidez
Ejaculações fora do coito sob a forma de poluções noturnas, ao acordar ou no decorrer da masturbação
Principais Causas orgânicas:

Esclerose múltipla
Mielite transversa
Lesões vertebro-medulares
Iatrogenia medicamentosa e cirúrgica
Ejaculação retrógrada

Ausência total ou parcial de emissão de ejaculado, devido ao insuficiente encerramento do esfíncter uretral interno. O esperma passa da uretra posterior para o interior da bexiga permanecendo a sensação de orgasmo.

Etiologia:

As causas poderão ser de ordem psicológica, neurológica e medicamentosa.

Ejaculação asténica

Também chamada de ejaculação babante ou incompetência parcial ejaculatória (Kaplan, 1988), consite na diminuição ou ausência de contrações musculares que projetam o esperma (ejaculação sem força).

Etiologia:

Ocorre em homens com lesões medulares abaixo da L1, como os paraplégicos e para parésicos em que só permanece ativo o centro secretor medular.
Causa urológica obstrutiva: HBP, Estenoses uretrais, Hipotonias do esfíncter externo
Ejaculação retardada

Também chamada de incompetência ejaculatória (Masters & Johnson, 1970), deve-se ao atraso ou inibição específica dos mecanismos de ejaculação. É involuntariamente uma ejaculação muito tardia.

Relativamente pouco frequente e a prevalência não ultrapassa os 5%

Inibição do orgasmo masculino
Dificuldade persistente ou incapacidade de atingir o orgasmo apesar da presença de desejo, de excitação e estimulação. O homem não é capaz de ejacular com a sua parceira, sendo capaz de ejacular na masturbação ou durante o sono. Diferente da anejaculação porque nesta o homem consegue atingir o orgasmo.

Relativamente raro e provavelmente a disfunção que se encontra menos frequentemente na prática clínica.

Etiologia:

Causas orgânicas relacionadas com iatrogenia farmacológica:

Anticolinérgicos
Antiadrenérgicos
Antihipertensores
Psicofarmacos
Causas psicológicas:

Estimulação desadequada
Medo (gravidez, compromisso)
Ansiedade de performance
Trauma sexual prévio
Hostilidade da parceira e problemas na relação conjugal
Homossexualidade latente
Dispareunia
Dor genital antes, durante ou após a relação sexual. Ocorre apenas em cerca de 1% nas amostras clínicas

Causas orgânicas:

Infeção genital
Prostatite
Fimose
Causas psicológicas:

Não existem resultados de estudos sobre o tratamento psicológico desta condição

Exames de avaliação da próstata

Os exames de próstata mais comuns para detectar alterações, como inflamação ou câncer por exemplo, são o exame de sangue do PSA e o de toque retal, feito pelo urologista ou proctologista, que palpa a próstata para saber o seu tamanho e verificar se está aumentada.

Estes exames normalmente devem ser realizados 1 vez por ano a partir dos 50 anos de idade, mas quando há histórico familiar de câncer de próstata, a prevenção deve ser feita a partir dos 45 anos. Além disso, quando o paciente já teve câncer da próstata ou diagnóstico de hiperplasia benigna prostática, o exame deve ser feito anualmente, independente da idade.

Veja a seguir os exames mais utilizados para identificar problemas nesta glândula:
1. PSA – Exame de sangue
É feito a partir de um exame de sangue comum que avalia o hormônio PSA, que tem como resultados normais valores menores do que 4 ng/ml. Assim, quando esse valor está aumentado, pode indicar problemas como inflamação da próstata ou câncer, por exemplo.
No entanto, este valor também aumenta com a idade e, por isso, é importante ter em consideração o valor de referência do laboratório. Saiba Como entender o resultado do exame PSA.
Preparo para exame de sangue: para realizar o exame de sangue de laboratório não é necessário fazer nenhuma preparação específica.

Saiba quais são os 6 exames que avaliam a Próstata

2. Toque retal
O médico pode avaliar o tamanho da próstata através do toque retal, que pode ficar maior e mais dura quando ocorre alguma inflamação. Este exame é muito rápido, demorando cerca de 1 minuto e causa apenas um leve desconforto.
Preparo para toque retal: não é necessário realizar nenhuma preparação, porém, para facilitar a realização do exame o médico pode indicar a toma de um laxante para limpar o intestino e, durante o exame o paciente deve permanecer de pé ligeiramente inclinado e contrair os músculos da região pélvica.

3. Ultrassonografia
A ultrassonografia ou ecografia da próstata é feita para avaliar o tamanho desta glândula e identificar alterações na sua estrutura.
Preparo para ecografia: não é necessário nenhum preparo específico. Saiba mais detalhes sobre o exame em: Ultrassonografia.

4. Medição do jato de urina
A fluxometria é um exame feito pelo médico para avaliar a força do jato e a quantidade de urina em cada micção, pois quando ocorrem alterações na próstata o jato fica mais lento e fraco.
Preparo para fluxometria: deve-se estar com a bexiga cheia e com bastante vontade de urinar, sendo importante beber pelo menos 1 L de água antes do exame, que é feito com o indivíduo urinando em um aparelho para fazer o registro.

5. Exame de urina de laboratório
O urologista pode indicar um exame de urina, sendo necessário coletar uma pequena quantidade de urina para avaliar a presença de sangue ou de micro-organismo que podem estar presentes em casos de infecção urinária, por exemplo. Conheça os vários tipos de Exame de urina.
Preparo para exame de urina: a coleta deve ser feita com a primeira urina da manhã, colocando em um recipiente de plástico fornecido pelo laboratório. A amostra deve ser levada ao laboratório em cerca de 30 a 60 minutos após a micção.

6. Biópsia
A biópsia da próstata é feita para confirmar diagnósticos de alterações nessa glândula, como câncer ou tumores benignos, sendo necessário retirar um pedacinho deste órgão para enviar para análise no laboratório. Veja Como é feita a biópsia de próstata.
Preparo para biópsia da próstata: normalmente é necessário tomar o antibiótico receitado pelo médico, durante cerca de 3 dias, fazer jejum de 6 horas e tomar laxante para limpar o intestino.
O que pode ser o exame de próstata alterado
Os exames podem ter resultados alterados quando ocorrem problemas como:
Inflamação da próstata, conhecida por tumor benigno da próstata;
Presença de bactérias na próstata, também conhecida por prostatite;
Toma de medicamentos, como diuréticos, esteroides ou aspirina;
Realização de procedimentos médicos à bexiga, como biópsia ou cistoscopia, podem elevar ligeiramente os níveis de PSA.
Além disso, com o envelhecimento, os níveis do exame de sangue de PSA pode aumentar e não significar doença.

Contraturas musculares

O tratamento da Contratura Muscular pode ser feito em casa com um banho de água quente, exercícios de alongamento e uma massagem feita com óleos aquecidos. No entanto, quando isto não é suficiente e a contratura muscular persiste, é importante procurar auxílio médico e um fisioterapeuta.

A contratura muscular é uma das causas mais frequentes de dor nas costas, em cima dos ombros e no pescoço, mas ela pode ocorrer em qualquer outra área do corpo. Além disso, é comum seu aparecimento nos gémeos e nas coxas devido ao acúmulo de ácido lático produzido durante a prática de exercícios físicos.

Passos para tratar a contratura muscular em casa:
– Alguns passo que podem ser utilizados para tratar a contratura em casa são:
– Tomar um banho com água quente e deixar o jato de água cair diretamente na região da contratura;
– Colocar uma bolsa de água quente na região dolorida;
– Fazer uma pequena massagem no local, utilizando um creme hidratante ou óleo aquecido;
– Fazer alguns alongamentos, estirando suavemente o músculo afetado.

contraturas musculares

​A contratura muscular ocorre quando o músculo contrai de maneira incorreta e não volta ao seu estado normal de relaxamento. As contraturas podem acontecer em diversas partes do corpo, como pescoço, cervical ou coxa por exemplo, e podem ocorrer depois de praticar um exercício muito forte, uma noite mal dormida ou por excesso de tensão no corpo causada pelo excesso de estresse e de preocupações.

A contratura causa dor, desconforto e muitas vezes limita os movimentos, podendo ser na maioria dos casos facilmente sentida quando se coloca a mão sobre o músculo e nota-se uma parte mais dolorida e rija. Esse tipo de lesão muscular é muito comum em quem passa muito tempo trabalhando em escritórios na mesma posição por muito tempo e, geralmente, não pratica nenhuma atividade física de forma regular.

Sintomas de contratura muscular
Alguns dos sintomas que indicam a presença de uma contratura muscular são:
Dor e desconforto especialmente se for no pescoço, cervical, coxa, costas, gémeos e glúteos por exemplo;
Presença de uma parte do músculo mais dolorida e dura, semelhante a uma bolinha ou caroço.
Dificuldade em esticar o músculo afetado;
Dificuldade em movimentar a articulação ou o membro próximo do músculo dolorido.

Como tratar uma contratura muscular em casa
O tratamento da contratura muscular pode ser feito em casa e o passo-a-passo para tratar uma contratura inclui:
Tomar um banho de água bem quente, deixando se possível o jaro de água quente cair diretamente na região da contratura.
Fazer um tratamento com uma bolsa de água quente ou toalha úmida aquecida na região dolorida, durante 15 a 20 minutos, de 2 a 3 vezes por dia.
Massagear a região da contratura com movimentos fortes e circulares usando um creme hidratante ou óleo essencial relaxante, especialmente se sentir uma bolinha ou caroço.
Fazer alguns alongamentos, que possibilitem esticar e exercitar o músculo afetado, pois embora estes alongamentos possam inicialmente causar alguma dor, vão ajudar a aliviar a tensão na região da contratura, ajudando a relaxar o músculo. Veja alguns alongamentos que pode fazer se a sua contratura for no pescoço clicando aqui.
Além disso, em períodos de maior cansaço, quando houver muita tensão muscular e as contraturas forem recorrentes também pode recorrer ao uso de remédios para relaxar os músculos. Estes remédios, além de ajudarem a relaxar, ajudam também a aliviar a dor e a dormir melhor, pois o seu efeito relaxante sobre os músculos favorece o sono e o descanso do corpo. Veja outros exemplos de relaxantes em Remédios com efeito Relaxante Muscular.
Porém, se com este tratamento a contratura não passar e a dor e os sintomas persistirem durante mais de 7 dias, deve procurar um médico ou fisioterapeuta, pois neste caso poderá ter uma contratura mais grave que necessita de acompanhamento médico e fisioterapia.

O que fazer para evitar as contraturas musculares
Para evitar as contraturas musculares, existem algumas dicas que vão fazer toda a diferença, como:
Dormir com um travesseiro baixo ou sem travesseiro se dormir de barriga para cima ou de lado;
Evitar o estresse e as preocupações, tentando relaxar sempre que possível;
Corrigir a postura e andar ou sentar sempre com as costas e troco direitos; Veja como pode corrigir a má postura em Como evitar 7 hábitos que prejudicam a postura;
Evitar movimentos bruscos ou e esforços físicos exagerados.
Não cruzar as pernas enquanto está sentado durante longos períodos de tempo.
Se trabalhar num escritório sentado, pare e faça alongamentos pelo menos 2 vezes durante o horário de trabalho, de preferencia 1 vez de manhã e outra à tarde.

Além disso, o sedentarismo também contribui para o surgimento das contraturas musculares, sendo por isso recomendado que pratique alguma atividade física como natação ou Pilates por exemplo, que fortalecer os músculos e alivia o estresse e a tensão acumulada. As contraturas musculares, no seu geral são comuns em pessoas que passam muito tempo trabalhando em escritórios, sempre na mesma posição e durante longos períodos de tempo.

Torcicolo

Devido ao ritmo de vida da contemporaneidade, aumentaram-se os fatores estressores presentes no dia-a-dia, por isso, a maioria da população adulta já passou ou ainda vai passar pela situação de tensão na região do pescoço.

O pescoço é uma das áreas do corpo humano com mais quantidade de músculo, não em extensão, mas em quantidade, isto é, é uma área composta por pelo menos 16 músculos, divididos em quatro grupos, a saber: músculos supra-hioideos; músculos infra-hioideos; músculos da região lateral e músculos pré-vertebrais.

O principal músculo do pescoço que está envolvido com o torcicolo é o esternocleidomastoideo, localizado na lateral do pescoço, próximo à jugular. No entanto, o torcicolo não envolve apenas o nível muscular, pode ter relação com outras estruturas orgânicas.

O que é torcicolo?

torcicolo-cervicalgia
O torcicolo é um problema bastante conhecido popularmente, assim, quando se pergunta do que se trata, logo o ouvinte ou leitor associa com o travamento do pescoço. E isto está correto, o torcicolo consiste na torção rígida causada pela contração, com ou sem espasmos, do músculo esternocleidomastoideo esquerdo ou direito.

Com isto, o pescoço se posiciona para um lado específico, a cabeça fica inclinada para um lado e o queixo para o outro, com dificuldade de rotação para o outro lado e para trás.

É bastante comum que a rigidez inicie pela manhã, logo quando o paciente acorda, mesmo que antes de dormir não tenha sentido nenhum sintoma significativo. Este distúrbio afeta ambos os sexos em qualquer idade, mas é mais frequente em mulheres e em pessoas de meia idade.

Causas do torcicolo

O torcicolo pode ser casado por diversos fatores, assim, as causas são critérios de classificação do torcicolo em tipos distintos, confira abaixo:

–Torcicolo congênito: durante a gestação, ocorre fibrose congênita de apenas um lado do músculo esternocleidomastoideo, causando um encurtamento das fibras deste músculo ou durante o nascimento, em que pode ocorrer um traumatismo capaz de gerar endema no músculo, isto é, acumulo de líquido, o que pode gerar o torcicolo temporário ou definitivo;

–Torcicolo dermatogênico: quando há lesão na pele do pescoço e a mesma é encurtada, causa limitação do movimento, geralmente ocorre em casos de queimaduras ou retrações causa das por cicatrizes;

–Torcicolo espasmódico: este é o mais comum, a rigidez neste caso é causada pelo aumento do tônus muscular, de forma que a carga emocional, sobrecarga física ou movimento brusco e súbito são os fatores desencadeantes mais comuns neste tipo de torcicolo;

–Torcicolo vestibular: relacionado não ao músculo, mas à estrutura intra-auricular responsável pelo equilíbrio, ou seja, o labirinto. Neste caso, a rigidez é quando há disfunção no labirinto, de forma que a pessoa busca compensar o desequilíbrio alterando a posição da cabeça;

–Torcicolo neurogênico: quando ocorre algum distúrbio ou acidente em nível neural, como AVC e traumatismos;

–Torcicolo ocular: este tipo tem sua causa relacionada com a paralisia de músculos envolvidos com a inclinação e a rotação da cabeça, isto é, os músculos oblíquos extra-oculares;

–Torcicolo reumatológico: sua causa é relacionada a doenças reumatológicas que afetam os músculos do pescoço;

Dessa forma, as causas do torcicolo podem estar relacionadas com a musculatura do pescoço, quando há alteração fisiológica no nascimento, quando há hipertonicidade devido ao estresse, à má postura, lesões, exposição ao frio, fadiga muscular, etc.

As causas podem ainda estar relacionadas com outras estruturas orgânicas, como a pele, o labirinto, o sistema nervoso e os olhos.

Sintomas do torcicolo

dor
Os sinais que o torcicolo apresenta incluem:

-Rigidez do pescoço;

-Dor no pescoço;

-Dor de cabeça;

-Limitação em movimentar a cabeça;

-Elevação do ombro do lado da torção;

-Inchaço na região;

-Tensão;

-Tremor em alguns casos.

É importante esclarecer que raramente o paciente apresenta todos os sintomas, mas sim, um conjunto com a maioria deles, dessa forma, os principais para fins diagnósticos são a dor e a rigidez no pescoço, a tensão e a limitação de movimento.

Também é relevante explicar que a dor no pescoço é sentida quando há tentativa de movimento ou quando a região é apalpada, quando a pessoa mantém a cabeça estática na mesma posição, a dor é evitada.

A duração dos sintomas costuma atingir, no máximo, uma semana.

Quando o período ultrapassar este limite ou quando houver muita freqüência de episódios com intervalos curtos, é recomendado procurar o médico. Caso contrário, isto é, quando os sintomas somem rapidamente e o episódio é esporádico, o tratamento pode ser realizado pelo próprio paciente.

Tratamento para o torcicolo

Primeiramente, é importante conhecer as medidas de prevenção. Sabemos que o estresse é um forte fator desencadeante do torcicolo, por isso, uma das medidas de prevenção inclui a eliminação de fatores estressores no dia-a-dia, principalmente quando os episódios de torcicolo são muito frequentes.

Eliminar os fatores estressores ou evitar situações estressoras inclui reconsiderar o emprego, afastar-se de pessoas tóxicas, reavaliar o ambiente no qual está inserido, pois somos reflexo do ambiente, solucionar pequenos problemas presentes na rotina e, por fim, investir mais no lazer e em momentos descontraídos.

Além disso, outras medidas preventivas incluem trocar o colchão e travesseiros por modelos mais anatômicos e confortáveis; trocar a mobília do trabalho, ou seja, utilizar uma cadeira ou poltrona que favoreça a postura; realizar atividade física, como uma caminhada, contribui ao fortalecer a musculatura, ao melhorar a postura, ao equilibrar o tônus muscular e ao reduzir o estresse; realizar alongamento diariamente; proteger o pescoço do frio; alinhar o computador na altura da cabeça e levantar objetos pesados do chão flexionando os joelhos totalmente.

Agora, em relação ao tratamento propriamente dito, este envolve inicialmente o repouso e relaxamento. Verifique as recomendações indicadas para esta finalidade:

–Ambiente relaxador: é importante que seja organizado um ambiente relaxante para o repouso, sem que haja estímulos que possam trazer tensionamento, preocupação, estresse ao paciente;

–Exercícios: com suavidade e muita cautela, pode-se realizar exercícios de rotação, tentando mexer o pescoço de um lado para o outro, porém, é preciso respeitar o limite individual, vale enfatizar que devem ser feitos com suavidade, lentamente e com muito cuidado;

–Massagem: deslizar as mãos ou solicitar que alguém o faça, pressionando levemente a região afetada, isto pode aliviar a dor e proporcionar relaxamento do músculo tensionado;

–Colar cervical: imobilizar o pescoço é importante durante o repouso, podendo ser substituído por uma toalha macia envolta do pescoço e prendendo-a firmemente;

–Evitar atividades físicas: somente durante o repouso e até que os sintomas sejam controlados, é preciso evitar caminhar muito, correr, nadar, musculação, etc, pois estas atividades são benéficas na prevenção do torcicolo, mas quando o mesmo já está instalado, deve-se evitar a contração do músculo;

–Aplicação de temperatura: intercalar compressas quentes e frias é recomendado, pois o calor auxilia no relaxamento muscular e o frio auxilia no alívio da dor.

Em relação ao tratamento medicamentoso, podem ser administrados oralmente analgésicos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares, bem como podem ser aplicados adesivos, géis ou pomadas que contenham propriedade analgésica.

A fisioterapia pode ser indicada para casos reincidentes. Os médicos costumam indicar também para pacientes recidivos, acupuntura e atividades físicas que não sobrecarreguem o pescoço, como natação, pilates e Yoga, estes últimos proporcionam alongamento e mais flexibilidade.

A aplicação de toxina botulínica pode ser indicada também para pacientes que apresentam frequentes episódios de torcicolo espasmódico, pois a substância conhecida popularmente como botox é capaz de paralisar as contrações musculares, evitando o surgimento do entorse no pescoço.

Nos casos congênitos o tratamento deve iniciar logo na primeira infância, nos casos dermatogênicos, o tratamento deve iniciar também logo após a detecção da agravante. Em ambos os casos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica para correção do músculo ou da pele, respectivamente.

É importante ficar atento e procurar o médico caso os sintomas persistam e se intensifiquem.

O torcicolo parece inofensivo, mas pode ser um sinal de alerta para outras doenças ou distúrbios emocionais que devem ser tratados adequadamente.

Por isso, a consulta médica se faz fundamental, uma vez que o médico poderá eliminar outras suspeitas e encaminhar para profissionais específicos tanto da área médica como nos casos em que o estresse é um fator predominante, encaminhar ao psicoterapeuta.

Conclusão

Podemos verificar que o torcicolo é um distúrbio relativamente comum, principalmente o tipo torcicolo espasmádico. Vimos também que é possível prevenir o aparecimento dos sintomas. No entanto, quando a prevenção não acontece ou quando ainda assim os fatores causais atingem o paciente, o tratamento é simples, porém, jamais se pode descartar a consulta médica.

Mesmo quando a situação não parece ser necessariamente preocupante, é interessante procurar o médico como uma forma de prevenção primária de agravantes piores, assim, a saúde como um todo é mais preservada.

Isto é, mesmo que o médico recomende apenas uma atividade física e uma adoção de hábitos melhores, estas já são medidas extremamente importantes na preservação da saúde. O diagnóstico precoce é de suma importância em todos os casos de torcicolo, pois a partir dele é possível traçar o tratamento adequado para cada tipo.

Síndrome do Túnel do Carpo

Dormência ou choque nas mãos? …Síndrome do Túnel do Carpo
O que é?
Esta síndrome é causada pela compressão do nervo mediano que passa por um canal estreito no punho chamado de Túnel do Carpo. A compressão é causada pelo aumento das estruturas que passam pelo túnel ou pelo seu espessamento.
A doença é comum em pessoas que realizam trabalho manual com movimentos repetidos, mas também tem associação com alterações hormonais como menopausa e gravidez, o que explica a maior freqüência em mulheres na faixa de 35 a 60 anos. Outras doenças associadas são Diabetes Mellitus, artrite reumatóide e doenças da tireóide.
 
Sinais e sintomas
Os sintomas mais freqüentes são: dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos.
A dor é pior a noite, principalmente após uso exagerado das mãos durante o dia e pode ser intensa a ponto de acordar o paciente. A dor pode irradiar para o braço e até para o ombro. Atividades que promovem a flexão do punho por longo período podem aumentar a dor.

A diminuição da sensibilidade dos dedos, traduzida por dormência ou formigamento, acomete a palma da mão e poupa o dedo mínimo e o dorso da mão. Associada a uma certa fraqueza nas mãos, pode haver dificuldade de amarrar os sapatos, abotoar uma camisa e pegar objetos.
Pode haver acometimento das 2 mãos em 60% dos casos.

Quando procurar o neurocirurgião?
Caso os sintomas persistam por alguns dias, deve-se procurar um especialista. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhores são os resultados.
O tratamento conservador é feito com antiinflamatórios, imobilização, fisioterapia e medicamentos específicos para o nervo. Infiltrações com corticóide também podem ser realizadas. Nos casos mais graves ou refratários ao tratamento clínico, a cirurgia está indicada.

Cuidado!
Existem outras doenças com sintomas semelhantes e por isso a realização do tratamento clínico sem consultar o neurocirurgião pode atrasar o diagnóstico correto e prejudicar a saúde do paciente.

Dor no calcanhar

A dor no calcanhar designa-se por talalgia e é uma das alterações mais frequentes da consulta de Podologia. A origem da dor do calcâneo é tão variada que podemos estar perante um processo banal, causado por exemplo, pelo exercício físico após o treino, como a presença do esporão do calcâneo, ou uma manifestação reumática mais complexa.

QUEM É MAIS VULNERÁVEL À DOR DO CALCANHAR?

A maior incidência da talalgia (dor do calcâneo) é verificada em homens e mulheres de meia-idade. Também se verifica em indivíduos que praticam exercício físico regular (devido a forças de impacto e estiramento), bem como em pessoas obesas ou que caminhem muito durante o dia.

AS CAUSAS DA DOR DO CALCANHAR

A dor do calcanhar apesar das inúmeras etiologias, normalmente e na maioria dos casos está associada a alterações biomecânicas (anomalias da posição do pé ou forma de caminhar) do próprio indivíduo. Estas alterações podem causar excesso de pressão do próprio osso (osso calcâneo), ou nos tecidos moles em seu redor.

O stress pode ainda resultar de um traumatismo ocorrido durante a corrida ou salto, mau calçado (nomeadamente desgaste do calçado), ou ainda pelo excesso de carga ponderal do indivíduo (obesidade).

As doenças sistémicas como a artrite ou diabetes podem também contribuir para a dor.

Complicações comuns:

Esporão do calcâneo: Uma das causas comuns da dor do calcâneo é o esporão do calcâneo, uma projecção óssea situada na zona plantar do calcâneo. Não se verifica nenhuma alteração visível no calcanhar, sendo somente detectado por Rx. O paciente manifesta uma dor, localizada na parte plantar interna do calcanhar. Aproximadamente 10 % da população pode apresentar esporão do calcâneo sem manifestar dor.

Admite-se que o esporão do calcâneo se forma por tracção excessiva ou microtraumatismo repetido da fáscia plantar, provocado na maioria dos casos por desequilíbrios biomecânicos.

Fasceíte plantar: A dor do calcanhar e o esporão do calcâneo está frequentemente associado com a inflamação da fáscia plantar (banda de tecido conjuntivo fibroso que envolve a planta do pé desde o calcanhar à zona anterior do pé). A inflamação deste arco plantar é denominado fasceíte plantar.

A inflamação pode ser agravada pela falta de suporte do calçado, especialmente na área do arco plantar, e pelo consequente estiramento da fáscia plantar.

OUTRAS CAUSAS DA DOR DO CALCANHAR

Movimento pronatório excessivo do pé (queda do lado interno do pé para dentro).
Inflamação das bolsas serosas (bursite) do trajecto posterior do calcâneo.
Compressão nervosa (síndrome do canal társico)
Traumatismos ou fracturas de stress do calcâneo.
COMO ULTRAPASSAR O PROBLEMA?

Se a dor e outros sintomas de inflamação persistirem, tais como, dor localizada ao colocar o pé no chão, vermelhão, edema e aumento da temperatura local, deve consultar o seu Podologista. O seu Podologista poderá requerer a realização de Rx apropriados para a visualização de possível esporão do calcâneo ou fractura.

TRATAMENTO

O tratamento inicial pode envolver recomendação de calçado apropriado, ligadura de compressão e anti-inflamatórios locais. Se o seu Podologista observar possível alteração biomecânica do pé ou da marcha, a aplicação de uma palmilha personalizada, adaptada à situação sua clínica, contribuirá para a resolução do problema.

RECUPERAÇÃO

A sua recuperação irá depender do factor etiológico (causa) da dor do calcanhar e do seu estado individual de saúde. Num indivíduo saudável, com esporão do calcâneo ou fasceíte plantar, normalmente demorará seis a oito semanas a apresentar melhorias clínicas.

PREVENÇÃO DE FUTUROS PROBLEMAS

Calçado: Compre sapatos que se adaptem ao seu pé – frente, zona posterior e laterais do calçado. Sola amortecedora de impactos e zona do calcanhar com suporte. Não calce sapatos com desgaste excessivo na sola e calcanhar.

Alongamentos e exercício: Faça uma preparação prévia ao exercício. Faça exercícios de aquecimento antes de correr ou caminhar e exercícios de alongamento no final do treino. Aproprie as suas actividades atléticas ao seu estado de adaptação ao treino e à sua saúde. Se tem excesso de peso, experimente actividades que necessitem pouca carga, tal como a natação ou bicicleta.

COMO O SEU PODOLOGISTA O PODE AJUDAR:

Os Podologistas são profissionais de saúde altamente qualificados e treinados para a prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das patologias dos pés. Os programas continuados de educação e especialização da carreira, garantem o melhor desempenho da sua função.
Visite o seu Podologista com regularidade, de modo a prevenir problemas futuros, aliviar a dor e o ajudar a conseguir uma melhor mobilidade.

Cuidado com as posturas

Como você conduz? Qual posição você adota na hora do sono? Você costuma dar atenção à postura quando varre a casa, lava as louças ou realiza quaisquer atividades domésticas? No trabalho, como você se senta? Durante a prática de um exercício físico, você costuma se preocupar com a postura certa para executar o movimento? Estas são algumas perguntas às quais, normalmente, a resposta é sempre desfavorável no que diz respeito ao cuidado com a postura.

O dia a dia sempre agitado, a ausência de tempo ou mesmo a falta de conhecimento sobre cuidados simples podem acabar resultando em uma postura inadequada e, consequentemente, em diferentes problemas não, apenas, para a coluna vertebral, mas para a saúde do corpo inteiro.

A COLUNA VERTEBRAL

Também chamada de espinha dorsal, a coluna vertebral se articula superiormente com o crânio e inferiormente com o osso do quadril (ilíaco) e é dividida em quatro regiões: cervical (com 7 vértebras); torácica (com 12 vértebras); lombar (com 5 vértebras) e sacro-coccígea (com 4 vértebras).

Em sua estrutura, a coluna vertebral apresenta curvaturas consideradas fisiológicas, a saber: Lordose/cervical (convexa ventralmente); Cifose/torácica (côncava ventralmente); Lordose/lombar (convexa ventralmente); Cifose/pélvica (côncava ventralmente).

QUAL A FUNÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL?

Dentre as principais funções inerentes à coluna, podemos mencionar o suporte do peso do corpo; a proteção da medula espinhal e dos nervos espinhais; a promoção de maior flexibilidade ao corpo e também o papel fundamental na locomoção e na postura.

POSTURA INCORRETA? SEU CORPO PADECE

Se você não adota uma postura correta no dia a dia, quer seja em casa, no trabalho, no lazer ou durante a prática de atividades como dirigir é bem provável que o mau hábito seja responsável pelo surgimento de desvios anormais na coluna: acentuando as curvas (normais) já existentes, gerando a hiperlordose ou a hipercifose, por exemplo ou tornando as curvaturas pouco evidenciadas, neste caso a coluna é reta).

Os desvios posturais, por sua vez, podem levar ao uso incorreto de outras articulações, como ombros, braços, quadris, joelhos e pés. Isso ocorre porque diante do desequilíbrio postural o corpo buscará, naturalmente, compensações a fim de manter o indivíduo em equilíbrio (o que, normalmente, também pode causar enrijecimento e encurtamento dos músculos). Além disso, os desvios posturais poderão acarretar, com o passar do tempo, pressão entre as vértebras, gerando as famosas dores nas costas.

Todas as partes do corpo estão interligadas. Portanto, se você não utiliza uma postura adequada durante suas atividades corriqueiras, todo o seu corpo poderá ser afetado e não, apenas, a coluna. Confira outras estruturas que também podem ser prejudicas pela má postura:

– Coração: implica tendência ao aumento da pressão sanguínea e do colesterol.

– Pulmão: o indivíduo não consegue inflar completamente o pulmão, o que interfere no processo de respiração: ele passa a respirar menos e o próprio sangue se torna pobre em oxigênio, enfraquecendo o organismo.

– Pernas: sentar com postura inadequada, por exemplo, causa má circulação, gerando inchaço nas pernas e nos tornozelos.

– Sentidos: a tensão que a má postura causa acaba prejudicando até mesmo os sentidos, como a visão, por exemplo, afetada por um pescoço muito tenso que não permite que a cabeça vire facilmente.

COMO CORRIGIR A POSTURA?

O importante é jamais forçar demais, apenas, uma parte do corpo, os ossos têm que suportar pesos iguais. Quando você senta, por exemplo, nunca deve apoiar o peso somente em uma perna, deixando a outra solta. É fundamental o aprendizado do não desperdício de energia durante a execução de movimentos ou em posição estática, distribuindo o peso do corpo de forma equilibrada. Algumas dicas para evitar problemas posturais:

– ATIVIDADES DOMÉSTICAS

Na realização de atividades domésticas, evite trabalhar com o tronco totalmente inclinado se estiver em pé; no ato de passar roupa, a mesa deve ter uma altura suficiente para que a pessoa não se incline, outra dica é utilizar um apoio para os pés alternando-os sempre que houver algum incômodo. Para calçar os sapatos não incline o corpo até o chão, sente-se e traga o pé até o joelho. Ao se elevar um peso acima da altura da cabeça, deve-se apoiar o peso no corpo e subir em uma escada ou banquinho para depositá-lo adequadamente. Ao erguer um peso deve-se abaixar flexionando os joelhos até em baixo sem curvar a coluna, levantar-se transferindo a carga para os músculos das pernas que são mais fortes do que os da coluna, caso seja possível coloque o objeto em um carrinho e empurre.

– AO DORMIR

Na hora de dormir também são necessários cuidados como escolher um bom colchão semi-rígido ou de espuma para distribuir bem o peso do corpo, um bom travesseiro e adotar algumas posturas corretas na cama. Se você costuma dormir de barriga para cima utilize um travesseiro em baixo dos joelhos; ao dormir de lado, um travesseiro entre as pernas que devem estar dobradas. Dormir de bruços não é recomendado, mas se você não consegue de outro jeito utilize um travesseiro em baixo da barriga e não da cabeça, diminuindo a curvatura lombar.

– AO SENTAR

Sentar corretamente também é muito importante para uma boa postura. Procure manter os pés apoiados no chão; coxas tocando suavemente a maior área possível do assento; evite cruzar as pernas e deixe-as ligeiramente afastadas; a coluna deve ser mantida ereta, de forma a preservar suas curvas naturais (encoste as costas completamente no sofá ou na cadeira, evitando esparramar-se). Manter a coluna ereta é sempre melhor do que deixá-la inclinada em qualquer situação. Adotar uma postura correta para sentar evita dor nas costas e sérias lesões na coluna vertebral. Quando se senta da maneira apropriada há uma distribuição uniforme das pressões sobre os discos intervertebrais e os ligamentos e os músculos trabalham em harmonia, evitando desgastes desnecessários.

– AO TRABALHAR

No trabalho também é importante adotar posturas menos prejudiciais no dia a dia. Os braços devem ficar pendidos ao longo do corpo ou os antebraços apoiados na mesa de trabalho. Evite torções de corpo inteiro, levante-se ou use uma cadeira apropriada que gire com facilidade para pegar algo, falar com alguém ou jogar papel no lixo. Caso trabalhe com computador, procure regular a tela de modo que a borda superior fique na altura do olhar para o horizonte, mantenha o queixo paralelo ao chão. Para ler, evite ao máximo ter que baixar a cabeça, se for preciso adquira um suporte de livros.

Problemas varios no joelho

Uma das maiores articulações do nosso corpo é o joelho, basicamente formada por três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela que estão ligados por meio de algumas estruturas como meniscos, tendões dos músculos das coxas e panturrilhas e ligamentos. Por ser bastante vulnerável aos traumas diretos e indiretos, além do seu alto uso (muitas vezes de maneira inadequada), o joelho é uma das áreas que mais sofrem lesões no corpo humano.

No dia a dia, diferentes ocasiões podem favorecer o aparecimento de patologias no joelho, como traumas ou posturas incorretas, por exemplo, mas é no meio esportivo que a incidência de lesões é bem maior, estando no auge das ocorrências ortopédicas. Isso ocorre porque, caso a prática esportiva não seja realizada de maneira dosada, pode acabar sobrecarregando o joelho, gerando efeitos nocivos e muitas vezes de ampla gravidade.

Veja abaixo as principais patologias que acometem o joelho:

– Ligamento Cruzado Anterior

O LCA conecta a tíbia ao fêmur, protegendo o joelho de importantes movimentos que o esporte exige, por exemplo, envolvendo rotação e translação, como é o caso dos movimentos para mudar de direção. Uma vez rompido o LCA, o indivíduo passa a sentir bastante dificuldade para realizar algumas atividades que envolvam a rotação do joelho.

– Ligamento Cruzado Posterior

A principal função do LCP é impedir a translação posterior da tíbia em relação ao fêmur, além de prevenir a rotação externa da tíbia. Lesões nesta estrutura levam à instabilidade do joelho e hiperpressão femoropatelar, podendo causar desde a dor característica até alterações degenerativas.

– Luxação patelar

A patela pode luxar ou sair da articulação com menor frequência ou de forma recidivante, principalmente em mulheres jovens. Para o surgimento de patologias a partir da luxação patelar, diversos fatores são analisados como sexo, idade, atividades corriqueiras, dentre outras. Em alguns casos é comum o surgimento da Síndrome fêmoro-patelar que causa, dentre outros sintomas, dor no joelho pelo contato entre a patela e o fêmur por questões anatômicas ou desequilíbrios musculares. Entre as causas para a luxação patelar estão os casos de patela alta e alterações ósseas do fêmur, por exemplo.

– Condromalácia patelar

Conhecida popularmente por joelho de corredor, a condromalácia patelar surge em decorrência de um “amolecimento” da cartilagem. A causa não é exata, mas pode estar relacionada com fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos. Um dos fatores comuns é por sobrecarga. Dentre os sintomas podem ser apontados: inchaço por baixo da edema do joelho; dor constante no meio do joelho; dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito tempo sentado.

– Artrose do joelho

Por suportar bastante peso ao longo do dia é normal que com o passar dos anos seja verificado um processo de desgaste da cartilagem ou “artrose”. Muitas vezes, o paciente apresenta o problema no joelho, mas não sente dores associadas.

– Tendinite patelar

Patologia do tendão patelar que, normalmente, relaciona-se com atividades no esporte que envolvem saltos e desacelerações bruscas, é o caso do atletismo e do futebol, por exemplo. Também conhecida como “joelho do saltador”, trata-se de uma das doenças do joelho mais comuns que afetam os atletas.

– Sindrome do corredor

Consiste numa inflamação da banda iliotibial (região lateral da coxa) como consequência da flexo-extensão excessiva do joelho que é resultante de fatores que promoveram um aumento na tensão ou atrito na região. Os principais sintomas são hipersensibilidade, dor e queimação na região lateral do fêmur. Diversos fatores podem favorecer o aparecimento da lesão, como calçados inadequados, sobrecarga provocada por treinamentos e competições e encurtamentos musculares.

– Lesões de menisco

O menisco é uma estrutura localizada no meio do joelho, entre o fêmur e a tíbia. Eles são responsáveis pela absorção dos impactos realizados sobre os joelhos e diferentes situações podem gerar lesões nessas estruturas, especialmente, nos casos de movimentos de giro.

– Cisto de Baker

Diferentes patologias que afetam os joelhos, como artrose, lesões meniscais, lesões na cartilagem, dentre outras, podem promover um aumento na produção de líquido sinovial, popularmente conhecida por sinovite, que levará a formação do cisto de Baker. Os principais sintomas são dor e rigidez no joelho e inchaço na parte de trás (às vezes, estendendo-se para a perna). O aumento de líquido provoca uma saliência, causando sensação de desconforto atrás do joelho.

Fascíte plantar

O que é Fascite plantar?
Sinónimo: esporão do calcâneo
A fascite plantar é uma das causas mais comuns de dor no calcanhar. Trata-se de uma inflamação de um tecido chamado fáscia plantar, localizado na sola do pé e que conecta o calcâneo (osso que forma o calcanhar) aos dedos.

Fatores de risco
Alguns fatores aumentam as chances de haver tensão ou uso excessivo do tecido plantar do pé. Eles incluem:
Idade. Fascite plantar é mais comum em pessoas na faixa dos 40 a 60 anos
Alguns tipos de exercício físico. Atividades que colocam estresse excessivo sobre o calcanhar e a fáscia plantar, como corrida de longa distância, ballet e outros tipos de dança, podem contribuir para a ocorrência de fascite plantar
Pés com anormalidades. Pé chato, pé cavo ou qualquer outro problema nos pés pode facilitar a ocorrência de fascite plantar
Obesidade. Uma pessoa com obesidade, por sobrecarregar os músculos e ossos das pernas e pés, apresenta maiores riscos de ter fascite plantar
Ocupações. Algumas profissões exigem muito dos pés dos funcionários, a exemplo de operários, professores, atendentes e outras que passam a maior parte da jornada de trabalho em pé ou caminhando. Essas ocupações podem levar a um quadro de fascite plantar
Tensão sobre o tendão de Aquiles (que liga os músculos da panturrilha ao tornozelo)
Calçados inadequados, com solas macias demais ou que não oferecem apoio suficiente à curvatura do pé.

Sintomas de Fascite plantar
As queixas mais comuns são dor, rigidez e queimação na sola do pé. A dor pode ser aguda ou crônica e ela costuma ser pior:
Pela manhã, ao dar os primeiros passos
Após ficar em pé por muito tempo
Ao subir escadas
Após atividades físicas intensas.
A dor pode se desenvolver lentamente com o passar do tempo, mas também pode ocorrer repentinamente após atividade intensa.

Na consulta médica
Procure um especialista se você sentir dor intensa ou contínua na região da sola do pé. Anote seus sintomas para não esquecer de descrevê-los ao médico detalhadamente. Tire todas as dúvidas e responda às perguntas que ele deverá lhe fazer, como:
Quando seus sintomas começaram?
Os sintomas são mais comuns em algum momento específico do dia?
Que tipo de atividade física você pratica?
Sua ocupação exige que você fique em pé por muito tempo?
Onde a dor está mais localizada?
Há alguma medida que melhore ou piore seus sintomas?

Diagnóstico de Fascite plantar
Para realizar o diagnóstico, o médico começará esboçando um histórico médico do paciente, seguido de um exame físico, que poderá mostrar:
Sensibilidade na sola do pé
Pé chato ou pé cavo
Inchaço leve ou vermelhidão no pé
Rigidez ou tensão do arco na sola do pé.
Geralmente, testes adicionais para diagnosticar fascite plantar não são necessários, mas raios-X e outros exames de imagem podem ajudar a descartar outros problemas.

Tratamento de Fascite plantar
O tratamento para fascite plantar é geralmente feito à base de medicamentos e fisioterapia.
Os medicamentos recomendados pelos médicos são analgésicos para reduzir a dor e anti-inflamatórios para diminuir a inflamação. Exercícios de alongamento, repouso e o uso de sapatos mais adequados são outras recomendações médicas que costumam ser frequentes.
Um fisioterapeuta pode, ainda, indicar exercícios específicos para ajudar na recuperação, fortalecendo os músculos danificados e, também, mostrando como praticar atividade física sem colocar pressão excessiva sobre a sola do pé.
Há casos ainda em que cirurgia pode ser necessária, embora seja raro. Procedimentos cirúrgicos são indicados quando nenhum outro meio terapêutico mostrou resultado.