Dor muscular e nas articulações

As dores musculares nas articulações costumam ser associadas à velhice, como se fossem um problema específico da Terceira Idade. Não é bem assim, embora sejam frequentes, de facto, entre os mais velhos, resultado dos processos de degeneração típicos do avançar da idade e também da longa vida de sacrifícios, de excessos e de tensões.

Mas também os mais novos podem sofrer com este tipo de desconforto, nomeadamente em virtude da prática de desporto de forma mais intensa ou da tensão acumulada no dia-a-dia.

Além da lesão específica nos tecidos musculares, este tipo de problema pode afectar ainda os tendões e os ligamentos. Quando a situação se arrasta à zona dos ligamentos, é importante consultar o médico para avaliar se não estará perante uma complicação mais grave. Nestes casos, além da dor muscular localizada na área afectada, verificam-se ainda sintomas como inchaço e inflamação e dormência. Quase tão intensa como a dor nos rins, esta dor pode ser extremamente incomoda.

Como evitar as dores musculares nas articulações

Há dicas para a manutenção de uma boa saúde que são recomendadas em termos generalizados e que são perfeitamente aplicáveis nestes casos. Praticar exercício regularmente, manter uma alimentação equilibrada, evitar álcool e açúcar, não fumar… Se fizer isso tudo, estará a dar passos decisivos no sentido de evitar as dores musculares articulares. Mas pode e deve seguir outras recomendações…

Nomeadamente, aquando da prática desportiva, é importante que não descure a fase do aquecimento. Preparar os músculos, especialmente com alongamentos adequados, é uma excelente forma de evitar lesões musculares. Deve também proceder a este tipo de exercícios após o treino ou a prática desportiva, pois assim ajudará os tecidos musculares a recuperarem do esforço despendido.

A obesidade ou o excesso de peso é uma das causas das dores musculares nas articulações, pelo que é essencial que mantenha um peso equilibrado, procurando continuar uma alimentação cuidada e livre de ingredientes perniciosos.

A artrite reumatóide

A artrite reumatóide é uma doença crónica que provoca o inchaço e a inflamação das articulações. As dores musculares associadas são bastante intensas e condicionam fortemente as movimentações de quem sofre com este mal. Gradualmente, as articulações vão perdendo força e capacidade de se moverem, deixando a pessoa afectada seriamente debilitada e limitada em termos de mobilidade.

As origens desta doença são desconhecidas, pelo que a actuação, ao nível do tratamento, está muito ligada ao cuidado do desconforto e das dores. Além dos medicamentos analgésicos e anti-inflamatóriosque se podem tomar para aliviar a dor, há muitos médicos que sugerem o recurso a terapias alternativas como a acupunctura. E há quem acredite que a medicina tradicional chinesa pode permitir o atraso no desenvolvimento da artrite reumatoide.

Nas situações mais graves e mais avançadas, a doença só poderá ser amenizada com recurso a uma operação. E pode mesmo ser necessária a colocação de próteses para ajudar o paciente em termos de movimentação.

Truques para aliviar a dor

O descanso da zona afectada é o melhor remédio para tratar de imediato o problema. A prática de actividade física, caso a viesse exercendo, é altamente proibitiva. Mas pode continuar uma rotina desportiva dando caminhadas e até praticando natação, actividades que exercitam os músculos sem promoverem movimentações bruscas ou choques agressivos.

Aplicar compressas de gelo ou emplastros são excelentes medidas para promover o alívio da dor e reduzir o inchaço e a inflamação. E as massagens localizadas, com recurso a relaxantes musculares ou a mezinhas caseiras, darão grande alívio e ajudará a promover o relaxamento dos tecidos musculares.

Cancro da próstata

Em Portugal, o cancro da próstata é o tipo de cancro mais importante e frequente no homem (superior ao cancro da pele) .

Iremos abordar possíveis factores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento, bem como informação para ajudar a pessoa a lidar com o cancro da próstata.

A investigação constante, numa área de intervenção tão importante como o cancro da próstata é, inquestionavelmente, necessária. Estão a ser estudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro da próstata, durante e após o tratamento.

A PRÓSTATA

A próstata faz parte do sistema reprodutor masculino. Localiza-se à frente do recto e sob a bexiga. O tamanho de uma próstata saudável, é semelhante ao de uma avelã, e tem a forma de um “donut”.

A uretra (tubo através do qual flúi a urina), passa através da próstata. Se a próstata aumentar muito de tamanho, comprime a uretra, podendo causar problemas urinários, pois diminui ou pára o fluxo da urina, desde a bexiga até ao pénis.

A próstata é uma glândula que produz parte do fluido seminal. Durante a ejaculação, o fluido seminal ajuda a transportar os espermatozóides (parte do sémen ou esperma), até à sua libertação no exterior.

As hormonas masculinas (androgénios) fazem crescer a próstata. Os testículos são a principal fonte de hormonas masculinas, incluindo a testosterona. As glândulas adrenais também produzem testosterona, mas em pequenas quantidades.

A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é o crescimento anormal de células prostáticas benignas. Na HBP, a próstata aumenta de volume, e exerce pressão contra a uretra e bexiga. Esta situação interfere com o fluxo normal de urina.

A HBP é um problema muito comum. A maioria dos homens, com mais de 50 anos, apresentam sintomas de HBP. Para alguns homens, os sintomas tornam-se tão graves que necessitam de tratamento.

Quando o cancro da próstata se dissemina, ou seja, metastiza para fora da próstata, as células cancerígenas são, muitas vezes, encontradas nos gânglios linfáticos vizinhos. Se o cancro atingiu estes gânglios, é provável que as células cancerígenas se tenham metastizado através do sistema linfático para outros gânglios linfáticos, para os ossos ou para outros órgãos.

Periostite da tíbia

A periostite (também conhecida como canelite) é a inflamação do periósteo, uma camada de tecido que recobre os ossos.

A parte afetada é aquela onde se inserem os músculos: tibial anterior, tibial posterior e o flexor longo do dedo grande do pé, as outras partes do osso não são dolorosas.

As pontadas são muito intensas porque o periósteo é altamente inervado, para usar os termos que sejam compreensíveis a todos é como um “chute na canela”.
Diferente é o caso da periostite infecciosa, causada por uma infecção bacteriana que é tratada com antibióticos ou medicamentos específicos para esta patologia.

Quais são as causas da periositite?

Na grande maioria dos casos, as pessoas afetadas são os atletas, bailarinos (ballet), mas em alguns casos a periostite afeta os jogadores e outros atletas que correm muito.
Os atletas provocam uma sobrecarga funcional sobre esta estrutura, a nível posterior è anterior da tíbia.

A inflamação do periósteo pode ocorrer mesmo depois de um trauma direto no osso.
O tibial posterior é um músculo supinador, portanto é fundamental nos movimentos do pé para a correção da postura e equilíbrio.
Os atletas que sofrem mais com este problema são aqueles que têm um pé cavo e plano porque mantêm em alongamento o músculo tibial posterior durante a corrida.
A periostite ocorre principalmente durante os períodos onde existe um aumento substancial de velocidade ou quilometragem.

Outros fatores que favorecem o aparecimento da doença são:

  • Calçado inadequado
  • Corrida em descida
  • Terreno do treino muito duro
  • Obesidade
  • Heterometria dos membros inferiores (comprimentos diferentes).

 

Quais são os sintomas da periostite da tíbia?

A dor pode começar depois de uma lesão ou sobrecarga, como uma tendinite, os sintomas dependem da causa.
Os atletas têm uma dor que começa com intensidade reduzida, mas ao longo do tempo, gradualmente cresce até que se torna insuportável e pungente,também pode ocorrer mesmo durante a noite.

O principal sintoma é a dor na região central e interna da tíbia, pode afetar apenas uma perna, mas pode ser bilateral.
Durante os movimentos de flexão plantar, correndo e pulando podem ser sentidos muito mais intensamente, em repouso os sintomas são reduzidos.
A dor aumenta ao toque (pressionando sobre a área inflamada).

Quais são os exames adequados para a periostite da tibia?

A radiografia é capaz de mostrar anomalias do periósteo e da tíbia, enquanto a cintilografia óssea permite de excluir outras doenças, por exemplo câncer ósseo ou uma fratura por estresse.
Pode ser realizada uma ressonância magnética que mostra um possível edema ósseo.

O que fazer? Qual é o tratamento para a periostite?

Na fase aguda o melhor tratamento é a crioterapia (gelo) e o repouso, é fondamental parar as atividades desportivas antes que se torna uma periostite crônica.
Após os primeiros 2/3 dias, você tem que entender qual é a origem do problema para eliminar a causa e não apenas os sintomas, caso contrário, com o retorno aos treinos existe um risco de recorrência.
Portanto, é necessário determinar se:

  • Existe um pé cavo ou chato
  • O paciente tem uma hipotrofia dos músculos pronunciado: sóleo e tibial posterior
  • Exagerou com o treino em superfícies duras e inclinadas.

 

 

DORES NAS ARTICULAÇÕES

 

A maioria das pessoas sofre de dores nas articulações nalgum momento da sua vida. A dor pode afetar apenas uma articulação ou várias e pode ser o resultado de uma artrite, uma lesão, sobrecarga, bursite (inflamação da bolsa sinovial – pequena bolsa que contém líquido sinovial localizada no ponto em que os músculos e tendões contactam com o osso e que lubrifica e facilita o movimento normal das articulações) ou de muitas outras doenças ou situações.1 Descobrir a causa da sua dor na articulação é o primeiro passo para o seu tratamento.

Doença

Muitas vezes, as dores nas articulações são sintoma de uma doença, incluindo:1

  • Gripe (vírus influenza)

  • Vírus Epstein-Barr (um tipo de vírus do herpes)

  • Doença de Lyme (uma infeção bacteriana transmitida pela carraça)

  • Febre hemorrágica do Dengue (uma infeção viral resultante de uma picada de mosquito portador do vírus) ou de outras febres tropicais

  • Sarampo

  • Papeira

  • Varicela

  • Hepatite (inflamação do fígado causada por uma infeção ou agente tóxico)

Lesão

Se tem dores nas articulações devido a uma lesão, sabe provavelmente a sua causa e quando a dor começou. Se a dor for forte, ou durar mais de três dias, deve ser avaliada por um médico. Os raio-X podem determinar se a dor é de uma luxação, entorse ou fratura. O seu médico também poderá encaminhá-lo para um especialista em lesões de ossos e articulações: um ortopedista ou um cirurgião ortopédico.

Esforço repetitivo

A inflamação e dor nas articulações também podem ser causadas pelo seu uso excessivo, como uma atividade repetitiva (ténis, pintura, correr, escrever, videojogos, etc.) durante um longo período de tempo.2 Esse esforço também pode por vezes causar bursites.3 A bolsa sinovial reduz normalmente a fricção entre partes em movimento, podendo vir a inflamar ou causar dor através do esforço repetitivo.3

Artrite

A artrite é a causa mais comum das dores articulares. Existem mais de 200 tipos diferentes de artrite,4 todos eles envolvendo danos na cartilagem – tecido duro, porém flexível, que reveste, protege, sustenta e dá forma a algumas partes do corpo como o nariz e as orelhas. A cartilagem normalmente cobre as extremidades dos ossos nos seus pontos de articulação. Uma cartilagem saudável permite que os ossos deslizem suavemente uns sobre os outros com o movimento. Quando a cartilagem está danificada ou desgastada, os ossos entram em fricção causando dor, inchaço e perda de mobilidade articular.4
A osteoartrite é a mais comum das artrites.2,5 Afeta as articulações causando dor, perda de mobilidade e, com o tempo, uma eventual deformação da articulação.2

A artrite reumatoide é o segundo tipo mais comum de artrite e caracteriza-se pela dor e inflamação. A artrite reumatoide é uma doença autoimune, o que significa que o próprio corpo reage contra os seus próprios tecidos.6 Conjuntamente com a dor e a perda de funcionalidade, a artrite reumatoide pode afetar também a pele, os pulmões, os olhos e/ou os vasos sanguíneos. Outros sintomas são a fadiga generalizada, mal-estar e febre.7

Se sofre há muito tempo de dores nas articulações, tente definir com o médico um plano a longo-prazo de controlo da dor. Este plano pode incluir a monitorização do seu regime alimentar, hábitos de exercício físico, assim como toma de medicação. Uma atitude positiva e otimiista no seu dia a dia, centrada nos seus pontos fortes e capacidades é importante para manter a dor em níveis mínimos.

Prótese no joelho

O joelho é uma articulação dobradiça que proporciona movimento no ponto onde a coxa se encontra com a parte inferior da perna. O fémur encosta-se ao osso inferior da perna (tíbia) na articulação do joelho. Durante uma substituição total do joelho, a extremidade do osso do fémur é removida e substituída por um revestimento de metal. A extremidade do osso inferior da perna (tíbia) é igualmente retirada e substituída por uma peça de plástico canalizada com uma haste de metal. Dependendo da condição da rótula da articulação do joelho, um “botão” de plástico pode também ser adicionado sob a superfície da rótula. Os componentes artificiais de uma artroplastia total do joelho são referidos como prótese.
O ligamento cruzado posterior é um tecido que normalmente estabiliza cada um dos lados da articulação do joelho de modo a que a perna inferior não possa deslizar para trás em relação ao fémur. Na cirurgia de substituição total do joelho, este ligamento pode ser retido, sacrificado, ou substituído por polietileno. Cada um destes modelos de substituição total do joelho tem os seus benefícios e riscos.

Alongamentos

O que é o alongamento?

Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior sua flexibilidade.

Segundo Bruna Joaquim Carneiro, professora de educação física e nutricionista, o alongamento é uma prática fundamental para o bom funcionamento do corpo, proporcionando maior agilidade e elasticidade, além de prevenir lesões.

Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho.

Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da idade e da flexibilidade, segundo Bruna Caneiro mesmo quem apresenta algum problema específico, como LER ou hérnia de disco também pode fazer alongamentos, mas com menos intensidade. Não é preciso grande condição física ou habilidades atléticas.

Os alongamentos podem ser feitos sempre que se sentir vontade, uma vez que relaxam o corpo e a mente.

Quando feitos de maneira adequada os alongamentos trazem os seguintes benefícios:

-reduzem as tensões musculares;

-relaxam o corpo;

-proporcionam maior consciência corporal;

-deixam os movimentos mais soltos e leves;

-previnem lesões;

-preparam o corpo para atividades físicas;

– Ativam a circulação.

No caso de estudantes eles podem ser feitos até no intervalo das aulas, o alongamento ajuda na respiração, facilitando a circulação sanguínea o que aumenta o raciocínio.

Como deve ser feito?

A respiração é fundamental: quando se respira fundo aumenta-se o relaxamento muscular. É a respiração que dá o ritmo ao exercício e por isso deve ser lenta e profunda.

Deve-se respeitar os seus limites. Forçar o alongamento pode causar lesões nos músculos e tendões. Não se preocupe em alongar até ao limite. Aos poucos você vai ganhar flexibilidade.

Regularidade e relaxamento são ingredientes obrigatórios para um bom alongamento. Aprenda a introduzi-lo em sua rotina. É possível alongar enquanto se faz outras coisas como ler ou ver TV.

Os alongamentos conseguem esse resultado por aumentarem a temperatura da musculatura e por produzirem pequenas distensões na camada de tecido conjuntivo que revestem os músculos.

Por que fazer alongamentos?

Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição da flexibilidade. Quanto à atividade física, esportes de longa duração como corrida, ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos, mas diminuem a sua flexibilidade.

 Nos dois casos, a conseqüência direta desse encurtamento de fibras é a maior propensão para o desenvolvimento de problemas em ossos e músculos. Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto entre sedentários, como entre atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da musculatura das costas e posterior das coxas, associado a uma musculatura abdominal fraca.

Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.

Quando alongar?

É importante alongar adequadamente a musculatura antes e também depois de uma atividade física. Isso prepara os músculos para as exigências que virão a seguir, protegendo e melhorando o desempenho muscular. Pela sua facilidade de execução, a maioria dos alongamentos pode também ser feitos, praticamente, a qualquer hora. Ao despertar pela manhã, no trabalho, durante viagens prolongadas, no ônibus, em qualquer lugar. Sempre que for identificada alguma tensão muscular, prontamente algum tipo de alongamento pode ser empregado para trazer bem estar.

Como alongar?

Antes de tudo, é importante aprender a forma correta de executar os alongamentos, para aumentar os resultados e evitar lesões. Inicie o alongamento até sentir uma certa tensão no músculo e então relaxe um pouco, sustentando de 30 á 40 segundos, voltando novamente à posição inicial de relaxamento. Os movimentos devem ser sempre lentos e suaves.

O mesmo alongamento pode ser repetido, buscando alongar mais o músculo evitando sentir dor. Para aumentar o resultado, após cada alongamento, o músculo pode ser contraído por alguns segundos, voltando a ser alongado novamente. Bruna Carneiro ressalta que o ideal é combinar a prática do alongamento a uma atividade aeróbica, como, por exemplo, a caminhada.

Distensão muscular

O que é a distensão muscular?

A distensão ocorre quando as fibras de um músculo são lesionadas, quer esticadas ou rasgadas. Como os tendões são parte integrante dos músculos, a distensão pode envolver lesões nos tendões. Por vezes, as distensões são denominadas por «músculo puxado».
A distensão ocorre devido ao excesso de esticamento de um músculo no seguimento de forças excessivas. As causas mais comuns incluem lesões desportivas, quedas, movimentos rápidos ou a elevação de um objecto pesado. Ocasionalmente, a tosse constante também pode causar distensão nos músculos da caixa torácica.
As distensões podem afectar quase todos os músculos do corpo. As áreas afectadas mais comuns são os músculos da barriga da perna, na coxa, nas costas, nos ombros e no pescoço. Uma distensão que afecte as costas ou o pescoço pode causar lombalgia ou dores no pescoço (rigidez no pescoço).
As distensões que afectam os músculos numa articulação como o tornozelo, podem ser associadas a danos nos ligamentos – isto é conhecido por entorse.

Tenossinovite estenosante (Dedo em gatilho)

A tenossinovite estenosante, normalmente conhecida por dedo em gatilho, envolve os tendões e polias dos tendões flexores dos dedos da mão. Os tendões funcionam como longas cordas desde os músculos no antebraço e passando através dum túnel, de base óssea e teto de tecido fibroso, até atingirem os dedos. Dentro do túnel os tendões estão envoltos numa película que permite o deslizamento fácil dentro da bainha.

O dedo em gatilho acontece quando o tendão desenvolve um nódulo ou edema da película envolvente. Quando o tendão edemacia, aumenta de volume, e tem de roçar na entrada do túnel (bainha do tendão flexor), o que provoca dor, ressalto e sensação de prisão no dedo. Quando o tendão roça na bainha produz-se mais inflamação e mais edema. Isto provoca um ciclo vicioso entre o gatilho, inflamação e edema, o que leva em alguns casos a um bloqueio, não sendo possível dobrar ou esticar o dedo envolvido.

Causa

As causas para o aparecimento do dedo em gatilho não estão totalmente esclarecidas. Um traumatismo da palma da mão pode provocar irritação dos tendões flexores. Algumas doenças como a artrite reumatóide, a gota e a diabetes estão associadas com o aparecimento de dedo em gatilho.

Sinais e Sintomas

O dedo em gatilho pode iniciar-se como um ligeiro desconforto sentido na base do dedo. Um espessamento pode ser sentido nessa zona. Quando o dedo começa a ficar bloqueado e a provocar o ressalto ou gatilho, o problema poderá parecer na articulação interfalângica próximal do dedo.

Tratamento não Cirúrgico

O objectivo do tratamento do dedo em gatilho é eliminar o ressalto ou prisão e permitir o movimento total do dedo sem dor ou desconforto. O edema à volta do tendão flexor e da bainha deve ser reduzido para permitir o deslizamento suave do tendão. O uso de uma tala ou a toma de anti-inflamatórios orais ou injectados na zona à volta do tendão podem estar indicados para diminuir o edema. O tratamento pode também implicar uma mudança de actividade para diminuir o traumatismo directo.

Tratamento Cirúrgico

Se as formas não cirúrgicas de tratamento não melhorarem os sintomas, a cirurgia poderá estar indicada. Esta cirurgia será efectuada em sistema ambulatório, podendo a anestesia ser local, loco-regional (em que só o braço fica anestesiado) ou geral.
O tratamento consiste na abertura da polia próximal e na bainha do tendão e eventualmente na excisão longitudinal parcial de um dos tendões flexores, normalmente o superficial.
A mobilização activa do dedo começa geralmente no pós-operatório imediato e a utilização normal do dedo pode recomeçar assim que a ausência de queixas o permita.

Exercícios e alongamentos

Alongamento

  1. Abdominal
    Para alongar seu abdômen (ao invés de contraí-lo) deite, apói-se sobre seus antebraços e empurre seu esterno para frente.
    A tentação é olhar para frente e para o alto e forçar seu pescoço, mas não faça isso
    . Os abdominais não necessitam de um grande grau de alongamento e se a angulação for muito grande pode ser prejudicial para sua coluna cervical ou lombar, então trabalhe com uma pequena angulação entre o corpo e o chão. (30° a 45°)
    Procure sentir o alongamento através de toda a área abdominal.

  2. Das Costas
    Deite-se no chão de barriga para cima. Abra seus braços para conseguir equilíbrio e traga seus pés próximo a região glútea flexionando os joelhos.Deixe os calcanhares a uma distância de aproximadamente 15 cm da região glútea. Mantenha seus pés juntos e calmamente gire seus joelhos para um lado ao mesmo tempo em que vira a cabeça para a direção oposta.
    Relaxe nesta posição contando até 5 (cinco) e depois role os joelhos para o outro lado. Repita este movimento por 3 vezes para cada lado.
    Sinta o alongamento através de todos os músculos de sua coluna.

  3. Do Bíceps
    Fique em pé lado a lado com uma parede. Apóie sua mão mais próxima contra a parede com seu braço para trás e em rotação em relação ao ombro de forma que seus dedos apontem para baixo.
    Expire e tente rolar seu bíceps para frente. Sinta o alongamento na parte anterior de seu braço.
    Repita com o outro lado.

  4. Do Ombro
    Estique o braço atravessando o seu corpo na altura da região dos mamilos e coloque sua mão no ombro oposto. Com a outra mão, posicionada um pouco acima do cotovelo, puxe suavemente o braço em direção a seu peito até que sinta o alongamento na região escapular. (postero, lateral do ombro).
    Repita do outro lado. Músculos deltóides e tríceps rígidos podem dificultar a natação e esportes de arremessos, portanto é bom prestar muita atenção a este exercício.

  5. Da Virilha
    Sente-se no chão com suas costas retas e seus joelhos levemente flexionados. Coloque as solas de seus pés juntas e mantenha seus pés próximos ao seu corpo.
    Com suas mãos sobre seus joelhos, faça ligeiros movimentos para baixo, de uma maneira suave mantendo suas costas retas.
    Sinta um leve alongamento através da parte interna das coxas.

  6. Da Parte Posterior Da Coxa
    Deite-se de costas com seus joelhos curvados e seus calcanhares a aproximadamente 20 cm de seus glúteos.
    Eleve uma perna no ar o mais alto que conseguir, apontando seus dedos dos pés para à frente para isolar a parte posterior da coxa.
    Mantenha sua perna esticada e utilize sua mão para segurá-la nesta posição.
    Sua pelve precisa ficar em contato com o chão. Sinta o alongamento na parte de trás de sua coxa.
    Repita com o outro lado.

  7. Do Quadril
    De pé, coloque uma perna à frente, mas não muito longe para que esta fique a menos de 90 graus (que é um ângulo reto) com seu joelho da frente.
    Depois, abaixe sua pélvis em direção ao solo enquanto flexiona o seu joelho de trás.
    Mantenha as costas retas tomando cuidado para não força-la.
    Sinta o alongamento na parte anterior do quadríceps da perna de trás e repita o procedimento invertendo os lados.

  8. Lateral
    De pé, com seus joelhos afastados, passe um braço sobre sua cabeça e por meio dele faça uma pequena pressão lateral flexionando a sua cintura.
    Com a outra mão na sua cintura, apóie seu peso lateralmente.
    Sinta o alongamento na parte lateral de seu tronco e debaixo de cada braço.
    Repita o movimento com o outro lado.
    Esse exercício é também muito bom para alongar o quadrado lombar.

  9. Do Peitoral
    Coloque suas mãos atrás de suas costas e segurando o cotovelo do lado oposto.
    Puxe delicadamente alongando suas escápulas até posteriormente, sentir um leve alongamento também na região do peitoral.
    Afaste seu joelho e tome cuidado para não se desequilibrar.

  10. Do Quadrado Lombar
    Agarre cada cotovelo com uma mão. Contraia seus abdominais e encaixe sua pelve, flexionando levemente para frente.
    Depois flexione vagarosamente para o lado e ligeiramente para frente, o mais baixo possível até você sentir um leve alongamento em sua lateral.
    Repita com o outro lado.

  11. Do Quadríceps
    Equilibre-se cuidadosamente em uma perna, usando uma parede para apoiar-se se tiver dificuldade.
    Flexione o outro joelho e puxe seu peito do pé levemente para trás.
    Mantenha o joelho perto do corpo e, delicadamente, puxe seu calcanhar até sua região glútea, sentindo uma suave tensão na parte anterior de sua coxa.
    Esse é um exercício que as pessoas freqüentemente executam de forma errada.
    Você não deve puxar a sola do seu pé até o glúteo ou curvar para aumentar a curvatura das suas costas.
    Alongue o topo do músculo pela inclinação de sua pelve e mantenha suas costas retas.
    Sinta o alongamento na região anterior de sua coxa.
    Se você mover seu tornozelo para trás de seu corpo, isso estira a musculatura do quadril.
    Repita com o outro lado.

  12. Do Tríceps
    Passe seu braço sobre sua cabeça e flexione seu cotovelo até que sua mão passe atrás de sua cabeça.
    Segure atrás de seu cotovelo com sua mão oposta e suavemente tente fazer força para baixo na direção da sua coluna.
    Preste atenção na sua postura.
    Afaste seus joelhos, fixe a pelve e não arqueie suas costas. Sinta o alongamento na parte posterior de seu braço. Repita com o outro lado.
    Esse também é um importante alongamento para modalidades como: arremesso, ginástica e natação, quando os tríceps não estão alongados, existe uma verdadeira limitação.

  13. Da Parte De Cima Das Costas E Trapézio
    Junte suas mãos e empurre seus braços para frente de seu peito como se você estivesse abraçando uma árvore.
    Contraia seu abdômen, flexione seus joelhos e sinta o alongamento entre suas escápulas.
    A área da escápula constitui um dos pontos de tensão, e esse alongamento em particular pode ajudar a aliviar esta tensão.

  14. Da Panturrilha E Do Tendão De Achiles
    Para alongar o gastrocnêmio em sua panturrilha, dê um pequeno passo para frente e flexione seu joelho da frente.
    Empurre o calcanhar de seu pé de trás na direção do chão tendo certeza de que seu pé aponte para frente.
    Você deve sentir um alongamento na parte posterior de sua panturrilha.
    Para alongar o tendão de Aquiles e o sólear aproxime a panturrilha e o tornozelo curvados do joelho de trás mantendo o calcanhar no chão.
    Repita com o outro lado.
    Esse alongamento é particularmente importante para corredores, jogadores de tênis e esquiadores.

  15. Dos Glúteos E Músculos Laterais Do Quadril
    Esse alongamento mais parece a twister pose, mas é bem mais fácil do que parece.
    Sente com sua perna esquerda esticada para frente e com sua perna direita flexionada sobre seu joelho de modo que seu pé cruze por cima de sua perna esquerda.
    Gire para sua direita enquanto segura seu joelho direito com sua mão esquerda
    Mantenha suas costas retas.
    Sinta o alongamento no lado externo do quadril da perna flexionada. Repita do outro lado.

Ombro congelado

Ombro congelado

Ombro congelado é o nome que se dá frequentemente a uma condição patológica designada por capsulite adesiva. Esta patologia caracteriza-se essencialmente por ter duas fases: primeiramente dor intensa para depois provocar a perda de amplitude de movimento do ombro, de tal forma que o paciente praticamente não consegue levantar o braço!

Quais são as causas desta patologia?

A causa do ombro congelado é muitas vezes difícil de se descobrir e frequentemente provem de um somatório de várias causas.

Pode ser causada por uma reação auto-imune. Numa reação auto-imune o nosso sistema de defesa do organismo, que normalmente protege das infecções, por engano começa a atacar os tecidos normais do próprio corpo. Isso provoca uma intensa reação inflamatória no tecido que está sob ataque.

Grande parte das vezes esta patologia ocorre após uma lesão no ombro, fratura ou cirurgia. Ele também pode iniciar após um período de imobilização, mesmo em ombros normais. Isso pode acontecer após uma fratura no punho, quando o braço é mantido imobiliado durante várias semanas. Por alguma razão, imobilização de uma articulação após uma lesão parece desencadear a resposta auto-imune em algumas pessoas.

Outros problemas do ombro como bursites, lesões do manguito rotatores ou síndrome do impacto podem acabar causando um ombro congelado. 

Como se desenvolve esta patologia?

Classicamente descrevem-se três fases nesta doença:

Uma fase dolorosa, que corresponde ao período de maior inflamaçãoda articulação. O doente sente uma dor predominantemente nocturna que não permite o sono tranquilo e uma redução progressiva  da mobilidade que o vai impedindo de levantar o braço e de chegar por exemplo atrás das costas.

Uma fase congelada em que a dor diminui, mas em que se mantem a redução da mobilidade, mantendo a incapacidade para uma vida com qualidade.

Uma fase de resolução em que progressivamente o doente readquire a mobilidade, mas que nem todos os utentes conseguem sem tratamento.

Como se trata esta patologia?

O tratamento passará por tratamentos prolongados de fisioterapia cujo principal objectivo é conseguir o aumento da amplitude articular usando técnicas de terapia manual que visem quebrar as aderências capsulares e devolver a elasticidade dos músculos peri-articulares.

Em casos mais reticentes ao tratamento será necessária intervenção cirurgica que será atraves de artroscopia ou mobilização sobre anestesia.