Dentro desta definição, enquadram-se inúmeras doenças com localizações e características muito diferentes, que afectam as estruturas articulares e musculares do organismo. São doenças degenerativas, muito relacionadas com o envelhecimento, e, por isso, a sua frequência tem vindo a aumentar, dado o aumento de esperança de vida média das populações.
Actualmente, conhecem-se mais de 150 tipos diferentes de doenças reumáticas.
As estimativas disponíveis indicam que, a cada momento, cerca de 2,7 milhões de portugueses sofre de algum tipo de queixas reumáticas, o que equivale a 25,7% da população.
As mulheres tendem a ser mais afectadas, correspondendo a cerca de 60% do total dos casos.
Cerca de 10% da população portuguesa sofre de uma doença reumática grave e incapacitante.
Emboras estas doenças afectem mais as pessoas idosas, as crianças também o podem ser. Por exemplo, a Artrite Reumatóide, o Lúpus Eritematoso Sistémico ou a Espondilite Anquilosante, atingem pessoas mais jovens e em idade produtiva.
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a noção de “sofrer de reumatismo” está incorrecta porque todas as doenças reumáticas têm um diagnóstico e tratamento específicos.
Podemos, no entanto, encontrar alguns elementos comuns às várias doenças reumáticas: são dolorosas, por vezes durante toda a vida, limitam a capacidade funcional e são “invisíveis”, na medida em que a dor, se não existir uma deformação articular visível, não é geralmente compreendida pelas pessoas nem mesmo pelos familiares do doente.
O que causa o reumatismo?
As causas variam em função das diversas doenças reumáticas. De um modo geral, as causas mais comuns são as formas degenerativas, em que o aparelho locomotor vai perdendo as suas características originais, como acontece nas artroses e na osteoporose; as inflamatórias, como a Artrite Reumatóide ou a Espondilite Anquilosante; as infecciosas; as imunológicas, como o Lúpus Eritematoso Sistémico e a Esclerodermia; e as metabólicas, como é o caso da Gota.
Está também identificada uma predisposição genética para várias formas de doenças reumáticas.
Quais os sintomas do reumatismo?
A queixa mais comum é, sem dúvida, a dor. Esta dor tenderá a variar na sua intensidade, no seu ritmo, na sua localização em função do tipo de doença reumática e essas características são importantes para o diagnóstico. Por exemplo, é importante distinguir a dor mecânica, que surge com o esforço sobre a articulação doente, da dor inflamatória, mais intensa ao acordar.
Outros sintomas e sinais frequentes são o calor e inchaço das articulações e a sensação de fraqueza ou rigidez ao executar actividades mínimas, como abotoar uma camisa ou escrever. Os doentes podem referir ainda fadiga acentuada, falta de energia, ou sensação de mal-estar.
Uma vez que as doenças reumáticas podem afectar outros órgãos, as queixas irão depender dos locais atingidos.
A doença reumática mais frequente é a osteoartrose, que afecta tanto a cartilagem como o osso nas articulações, causando dor, rigidez e limitação dos movimentos.
A artrose torna-se mais frequente à medida que se envelhece, afectando 80% das pessoas com mais de 60 anos embora apenas 20% apresentem queixas.
Outras doenças reumáticas bem conhecidas são a artrite reumatóide, a fibromialgia, o lúpus eritematoso sistémico, a gota, a polimialgia reumática, as tendinites mas esta lista poderia prolongar-se por muitas mais linhas.
Como se diagnostica o reumatismo?
Este diagnóstico pode ser difícil porque os sintomas das doenças reumáticas ocorrem em várias outras doenças.
De um modo geral, o médico reumatologista revê a história clínica do paciente, observa-o e requisita um conjunto de testes laboratoriais bem como estudos por imagem.
Algumas das análises mais importantes para o diagnóstico de uma doença reumática são os anticorpos antinucleares, a proteína C-reactiva, o complemento, a creatinina, a velocidade de sedimentação e o factor reumatóide. Poderá valer a pena examinar o líquido sinovial, presente nas articulações, em busca de células inflamatórias, bactérias ou vírus.
Como se trata o reumatismo?
Como regra, as doenças reumáticas não têm cura, sendo a excepção as formas infecciosas. Contudo, isso não significa que ser portador de uma doença reumática implique uma fonte constante de sofrimento obrigatório. Os tratamentos disponíveis permitem, em muitos casos, a manutenção de uma boa qualidade de vida.
Como se referiu, existem dezenas de diferentes doenças reumáticas e o seu tratamento variará de caso para caso. Actualmente, existem vários medicamentos eficazes para o controlo ou mesmo para a cura de algumas destas doenças.
O processo de avaliação e diagnóstico deve ser conduzido pelo médico reumatologista. É importante salientar que, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a probabilidade de controlar eficazmente qualquer uma das doenças reumáticas.
Dentro dos tratamentos disponíveis inclui-se o repouso, o exercício, uma dieta adequada, a fisioterapia, a hidroterapia, os medicamentos, dispositivos de contenção e, em alguns casos, a cirurgia. Com frequência, é importante combinar diversos tratamentos para um mesmo caso.
Os medicamentos prescritos podem ser analgésicos, anti-inflamatórios, corticóides, ou medicamentos biológicos, que actuam na evolução da doença.
Como se previne o reumatismo?
Na presença de doença reumática, é importante a protecção do aparelho locomotor, conservando a energia, protegendo as articulações afectadas, não as sobrecarregando, realizando exercícios que melhorem a mobilidade das articulações e, de um modo geral, mantendo-se activo(a).
Outros aspectos a considerar são a manutenção de uma alimentação equilibrada, o controlo do peso, a adopção de uma postura correcta, a escolha de sapatos e de um colchão adequados.
De acordo com as recomendações da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a presença de dores, rigidez ou inchaço numa articulação, durante um período superior a quinze dias, implica a visita a um médico reumatologista. Desse modo, será possível um diagnóstico mais precoce, um tratamento mais eficaz e uma qualidade de vida menos comprometida.
Artrose na Anca
Assim como as outras articulações dos membros inferiores, que suportam o peso do corpo, as ancas apresentam um maior risco de “desgaste” articular devido ao sobre-uso principalmente quando combinado com a diminuição progressiva da capacidade de regeneração dos tecidos, característica em idades mais avançadas.
A artrose da anca consiste na ocorrência de osteoartrose na articulação da anca. A osteoartrose é num grupo heterogéneo de condições que levam a sinais e sintomas semelhantes, e que estão associadas à degeneração da cartilagem articular, do osso que lhe é subjacente e das estruturas moles circundantes.
Com a degradação da cartilagem (parte da articulação que amortece as extremidades dos ossos) os ossos friccionam uns contra os outros provocando dor e perda de movimento.
Quanto à sua origem a artrose da anca pode ser:
Primária: relacionado principalmente com o envelhecimento, não há nenhuma outra doença ou trauma a provocar a doença. Com a idade, o nível de água na cartilagem articular aumenta, tornando-a menos sólida. A produção de proteínas que são utilizados na manutenção da cartilagem também diminui, fazendo com que a cartilagem fique mais vulnerável a rupturas.
Secundária: há outra condição ou doença que provoca a artrose, por exemplo: obesidade, diabetes, cirurgia prévia à articulação, microtraumas repetitivos, fracturas, necrose avascular da cabeça do fémur…
Na fase inicial de uma artrose na anca a cartilagem articular vai começar a demonstrar sinais de desgaste, pequenas fendas ou rupturas. Se nenhum esforço for feito para retardar este processo, a cartilagem, ficará cada vez mais degradada, podendo até ocorrer pedaços de cartilagem soltos no interior da articulação. Isso vai afectar o osso subjacente, deformando-o e criando osteófitos, o que coloca em risco a funcionalidade da articulação.
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Sinais e sintomas/ Diagnóstico
Rigidez articular, principalmente nos primeiros movimentos após se levantar da cama ou de estar muito tempo sentado.
A dor pode variar muito de local e natureza, pode ser sentida na região da nádega, virilha, coxa ou prolongar-se até ao joelho, e pode variar de uma dor em moedeira para uma dor aguda e penetrante.
Poderá sentir crepitação da articulação, que causa desconforto e o poderá obrigar a coxear.
Os primeiros sinais físicos de osteoartrose da anca incluem limitação da rotação interna e abdução da anca afectada, com a dor a surgir no final da amplitude de movimento.
Padrão de marcha caraterístico
É essencial a recolha atenta da história clínica do paciente, de forma a encontrar certos padrões, característicos da artrose da anca. Nos critérios de diagnóstico, para além da dor na anca, constam o estreitamento do espaço articular e/ou a formação de osteófitos visíveis no raio-X, e uma velocidade de sedimentação dos eritrócitos menor de 20 mm/h.
Tratamento
A osteoartrose é uma doença degenerativa, progressiva que, quando não tratada, vai piorando até que, nas fases mais avançadas, poderá provocar dores constantes e incapacitantes. O tratamento conservador baseia-se na luta contra a dor e a inflamação, na recuperação do movimento e na tentativa de atrasar a progressão da doença. Nas formas mais avançadas da doença podem ser colocada uma prótese da anca.
O tratamento conservador é a primeira escolha terapêutica para as artroses da anca que ainda não têm indicação cirúrgica e pode incluir:
Plano de exercícios terapêuticos: Provou ser eficaz como tratamento da dor e melhoria da funcionalidade a curto prazo. No entanto, estes exercícios devem ser efectuados sob supervisão de um fisioterapeuta. Quando devidamente instruído, poderá realizar estes exercícios em casa. Contudo, estudos têm mostrado que o exercício em grupo combinado comexercícios em casa é mais eficaz do que apenas em casa.
Dieta: No caso de pacientes com excesso de peso, o aconselhamento e uma dieta adequada para perda de peso provaram ser eficazes na diminuição dos sintomas
Hidroterapia: É recomendada em directrizes internacionais. Apesar das evidências contraditórias sobre os seus benefícios, a hidroterapia pode ser útil em casos onde a dor é demasiado grave para o exercício fora de água.
Mobilização articular passiva: Provou ser eficaz para localizar e eliminar factores como dor e imobilidade articular, no entanto, só é eficaz quando combinada com exercício activo. A amplitude conquistada pela mobilização pode permitir exercícios activos mais avançados.
Termoterapia: Pode ser usado calor (por exemplo em articulações muito rígidas) para preparar para os exercícios.
O ultra-som, a eletroterapia e a massagem não revelam qualquer eficácia no tratamento da artrose da anca.
O seu médico assistente poderá prescrever medicação oral (anti-inflamatórios não-esteróides) para controlo da dor.
Mais recentemente, o seu ortopedista poderá aconselhar a infiltração intra-articular de um componente baseado no ácido hialurônico, uma substancia presente na cápsula sinovial e na cartilagem articular e que confere propriedades viscoelásticas e lubrificantes à articulação.
Quando as lesões estruturais são demasiado graves a cirurgia para colocação de uma prótese da anca é recomendada.
Adoptar um plano de fisioterapia estruturado no pós-operatório é fundamental. Exercícios terapêuticos para melhorar a função da nova articulação e para fortalecimento muscular provaram ser a abordagem mais eficaz.
Sintomas de osteoartrite
Dores: As suas articulações podem doer, ou pode sentir ardor. Para algumas pessoas, a dor pode ir e vir. A dor constante ou dor durante o sono pode ser um sinal de que sua artrite está a piorar.
Rigidez: Quando você tem artrite, levantando-se na parte da manhã pode ser difícil. Suas articulações podem sentir-se mais ferozes e “chia” por um tempo curto, até você chegar em movimento.
Fraqueza muscular: os seus músculos ao redor da articulação podem ficar mais fracos. Isso acontece muito com artrite no joelho.
Inchaço: A artrite pode causar inchaço nas articulações, fazendo-lhe sentir dolorido.
Articulações deformadas
Redução de intervalo de movimento e perda de utilização do conjunto: com a sua artrite a piorar, você não pode ser plenamente capaz de dobrar, flexionar ou estender as suas articulações.
Ranger: As suas articulações podem fazer “sons”. Este ranger das articulações também pode ocorrer num conjunto normal, mas na maioria dos casos, não dói e não significa que não haja nada de errado com o conjunto.
Nevralgia cervicobraquial
A irritação ou compressão de alguma das raízes nervosas provenientes da medula espinal na coluna cervical pode originar o aparecimento de uma dor intensa no pescoço, na região dorsal e num dos membros superiores. A exacta localização da dor depende da raiz espinal afectada, já que a dor é perceptível ao longo de toda a zona inervada sensitivamente pela raiz (na figura, é possível observar as zonas inervadas pelas diferentes raízes espinais cervicais).
Embora possa ser provocada por qualquer alteração que provoque a deslocação ou inflamação das estruturas próximas das raízes nervosas, a principal causa para o desenvolvimento de uma nevralgia corresponde a uma hérnia discai, independentemente de esta ser provocada por um traumatismo ou originada por um processo degenerativo crónico.
A crise manifesta-se, na maioria dos casos, repentinamente, mas por vezes é precedida de uma dor cervical crónica e de episódios agudos. A dor pode ser acompanhada por outros sinais e sintomas neurológicos, como formigueiros, sensação de frio ou calor, pontadas e cãibras na zona afectada. Normalmente, estes sinais e sintomas vão desaparecendo de maneira espontânea ao fim de algumas semanas, durante as quais convém manter o pescoço em repouso através da utilização de um colar cervical, de forma a facilitar a recuperação das lesões e a cura da irritação das raízes nervosas afectadas. Nos casos mais graves, se o problema não ceder ou caso se manifestem sinais e sintomas de uma grave deterioração de alguma raiz nervosa, por exemplo através do comprometimento da sua função motora, convém recorrer à cirurgia para efectuar uma descompressão e reparar as lesões responsáveis.
Nevralgia cervicobraquial
A irritação ou compressão de alguma das raízes nervosas provenientes da medula espinal na coluna cervical pode originar o aparecimento de uma dor intensa no pescoço, na região dorsal e num dos membros superiores. A exacta localização da dor depende da raiz espinal afectada, já que a dor é perceptível ao longo de toda a zona inervada sensitivamente pela raiz (na figura, é possível observar as zonas inervadas pelas diferentes raízes espinais cervicais).
Embora possa ser provocada por qualquer alteração que provoque a deslocação ou inflamação das estruturas próximas das raízes nervosas, a principal causa para o desenvolvimento de uma nevralgia corresponde a uma hérnia discai, independentemente de esta ser provocada por um traumatismo ou originada por um processo degenerativo crónico.
A crise manifesta-se, na maioria dos casos, repentinamente, mas por vezes é precedida de uma dor cervical crónica e de episódios agudos. A dor pode ser acompanhada por outros sinais e sintomas neurológicos, como formigueiros, sensação de frio ou calor, pontadas e cãibras na zona afectada. Normalmente, estes sinais e sintomas vão desaparecendo de maneira espontânea ao fim de algumas semanas, durante as quais convém manter o pescoço em repouso através da utilização de um colar cervical, de forma a facilitar a recuperação das lesões e a cura da irritação das raízes nervosas afectadas. Nos casos mais graves, se o problema não ceder ou caso se manifestem sinais e sintomas de uma grave deterioração de alguma raiz nervosa, por exemplo através do comprometimento da sua função motora, convém recorrer à cirurgia para efectuar uma descompressão e reparar as lesões responsáveis.
Dor na anca
Em comparação com outras áreas do corpo, a articulação da anca é um modelo de resistência. Na realidade, é necessária força considerável para lesar uma anca saudável porque os grandes músculos da coxa, da região lombar e dos glúteos suportam esforços muito intensos. Mesmo assim, podem ocorrer lesões relacionadas com o desporto.
As lesões da anca são bastante comuns, correspondendo a cerca de 5% a 6% das queixas musculo-esqueléticas no adulto e a cerca de 10% a 24% das queixas nas crianças.
Este tipo de lesões é mais comum em alguns tipos de atletas, como os que se dedicam à dança, corrida e futebol, dado o esforço acrescido e os movimentos extremos da anca envolvidos nessas actividades.
A dor regional da anca é um problema complexo que pode estar relacionado com a coluna lombar e com a região glútea, irradiando com frequência para a região da virilha.
Factores de risco para a dor regional da anca
Os principais factores de risco para as lesões da anca no desporto são um mau aquecimento e um aumento demasiado rápido do ritmo de treino.
Causas da dor regional da anca
Quase sempre, a causa da dor regional da anca no contexto desportivo é um evento traumático, como uma queda ou um impacto violento.
A lesão pode também resultar de um movimento extenso e repetido.
A dor regional da anca no atleta pode envolver diversos diagnósticos que variam com a idade. Nos jovens e adolescentes são mais comuns as lesões nas extremidades dada a falta de ossificação nas placas de crescimento, e as sinovites. Nos atletas mais idosos ocorrem tendinites e bursites, como a trocanterite já abordada.
Eis uma lista com algumas das doenças que podem causar dor regional da anca:
Artrite (artrite reumatóide, osteoartrite, artrite da psoríase, artrite séptica)
Lesões (bursite, deslocações, fractura da anca ou da pélvis, tendinites)
Nervos comprimidos (disco herniado, sacroileíte, ciática, aperto do canal espinal)
Cancro (metástases ósseas de outros tumores, leucemias)
Outros problemas (necrose avascular, doença de Legg-Calve-Perthes, osteomalácia, osteomielite, osteoporose, doença de Paget do osso, sinovites)
As fracturas são uma das causas mais comuns e mais graves de dor regional da anca. Essas fracturas são mais comuns nas pessoas mais idosas, dada a presença de osteoporose que torna os ossos mais frágeis.
Este tipo de fractura afecta de um modo significativo a qualidade de vida. De facto, menos de 50% das pessoas com fractura do colo do fémur conseguem retornar aos seus níveis anteriores de actividade.
Sintomas da dor regional da anca
A dor regional da anca é uma queixa comum que afecta a anca ou as estruturas em torno da anca e que pode estar associada a diversos problemas. A localização mais precisa da dor pode fornecer informação muito útil para a identificação da causa subjacente.
De um modo geral, os problemas na articulação da anca originam uma dor na região interna da articulação ou na virilha. Quando a dor se localiza na região externa da anca, na parte superior da coxa ou na região dos glúteos, a causa tende a localizar-se nos músculos, ligamentos, tendões ou nos tecidos moles que circundam a articulação da anca.
Por vezes, a dor regional da anca pode ser causada por doenças com origem noutras áreas do corpo, como a coluna lombar ou os joelhos.
Ocasionalmente surgem outros sintomas, como a perda de peso, suores nocturnos, febre, queixas abdominais ou genitourinárias e, nestes casos, a doença de base poderá ter uma origem distinta.
Diagnóstico da dor regional da anca
O exame médico permite identificar a causa da dor regional da anca e os estudos radiográficos complementam essa informação. Esse exame médico baseia-se muito na história clínica, na idade do paciente e num conjunto de testes que procuram identificar a origem da dor.
O exame médico assenta na observação, palpação e testes específicos de força e mobilidade muscular e articular.
Os exames radiológicos, a tomografia computorizada e a ressonância fornecem informações adicionais, sendo, por vezes, úteis estudos laboratoriais para excluir outros diagnósticos.
Tratamento e prevenção da dor regional da anca
Considerando o vasto número de doenças e lesões que se podem associar à dor regional da anca, não é possível rever aqui todos os tratamentos, uma vez que eles dependerão de cada diagnóstico.
Como aspectos importantes, vale a pena referir a necessidade de uma consulta médica sempre que as queixas persistam de modo a se fazer um diagnóstico correcto e precoce.
Será sempre pertinente evitar as actividades que agravam a dor e recorrer a anti-inflamatórios não esteróides, sob supervisão médica.
O uso de uma almofada entre as pernas durante a noite pode ajudar a reduzir as dores.
No que se refere ao exercício físico e ao desporto, é essencial nunca esquecer o aquecimento e o arrefecimento adequados antes e depois do exercício. Os músculos da anca devem ser devidamente esticados e aquecidos.
Deve-se evitar correr em superfícies inclinadas para baixo. Nesses casos, é melhor caminhar. Ainda para a corrida, as superfícies planas e macias são as ideais.
A bicicleta ou a natação são melhores do que a corrida para evitar a dor na anca.
Não é necessário interromper a prática de exercício mas poderá ser importante reduzir essa actividade.
Perder o excesso de peso permite reduzir a sobrecarga para a anca e o uso de calçado adequado é fundamental.
Vale a pena também referir a importância de uma nutrição adequada, com destaque para o cálcio e para a vitamina D.
Patologias da mão
Artroses
Artrose é o desgaste da cartilagem que recobre uma articulação. Ela pode acometer qualquer articulação da mão, sendo as mais freqüentes as de interfalangeanas distais, interfalangeanas proximais e da base do polegar.
O tratamento das artroses varia desde medicação e órteses até cirurgia, dependendo do tipo e do grau de desgaste sempre levando em consideração as queixas do paciente.
Dedo em gatilho
È quando o tendão flexor de um dedo fica muito apertado em uma polia que o prende ao osso. A pessoa tem dor e o dedo trava dobrado junto à palma da mão sofrendo um ressalto repentinamente ao tentar estendê-lo (daí o nome de gatilho). Isso geralmente decorre de uma tentinite deste tendão.
O tratamento varia de infiltração no local até cirurgia para liberar este tendão.
Doença de Dupuytren
É uma contratura da fáscia palmar (na palma da mão) de um ou mais dedos causando a flexão do dedo acometido podendo até fechar completamente. Esta flexão é rígida e gradual e a pessoa não consegue mais estender o dedo. Na palma da mão e dedos palpa-se nódulos e cordas endurecidas.
Esta patologia é bem mais freqüente em homens e o tratamento é cirúrgico.
Síndrome do Túnel do Carpo
Patologia muito freqüente, causa dor e dormência em dedos, mão, podendo subir até o ombro. As queixas são principalmente noturnas, prejudicando o sono do paciente. O diagnóstico é feito com um exame clínico bem específico e o tratamento pode ser clínico (tala, infiltração) ou cirúrgico, o que costuma resolver o problema.
Cistos sinoviais
São muito freqüentes, consistindo em tumorações no punho ou dedos que são cheias de liquido sinovial proveniente das articulações (como hérnias).
Normalmente não causam dor e são considerados problemas estéticos. Após feito o diagnóstico e, sendo indolor não necessitam tratamento a não ser por motivos estéticos.
Quando for necessário o tratamento, podemos fazer aspirações ou a remoção cirúrgica do cisto.
Traumatismos na mão
Os traumatismos da mão ocorrem diariamente em todos os lugares e situações. Podem ser causados por inúmeros mecanismos como cortes, esmagamentos e contusões.
Dor inflamatória coluna
CARACTERÍSTICAS DA DOR NA COLUNA VERTEBRAL INFLAMATÓRIA
A dor inflamatória na coluna pode apresentar determinadas características que a distinguem de outros tipos de dor na coluna vertebral, mais concretamente da dor mecânica na coluna. Características da dor inflamatória na coluna vertebral:
Dor glútea (região das nádegas) alternante
Principais problemas da coluna
Os principais problemas de coluna, como lombalgia, artrose e hérnia de disco são comuns na idade adulta e podem estar relacionadas ao trabalho, má postura, sedentarismo.
Quando a dor na coluna é intensa, persistente ou quando é acompanhada por sintomas como dor, queimação, formigamento ou outra alteração de sensibilidade na coluna, braços ou pernas, é importante procurar um ortopedista para que sejam realizados exames. O tratamento pode incluir uso de remédios, fisioterapia e por vezes, cirurgia.
Indicamos aqui as principais doenças que afetam a coluna, seus sintomas e formas de tratamento:
1. Dor nas costas – Lombalgia
Também conhecida por dor nas costas, afeta indivíduos de todas as idades e pode surgir em qualquer fase da vida. A lombalgia pode durar dias ou meses.
Sintomas de lombalgia
Em alguns casos, além de causar dor no fundo das costas, pode causar sensação de queimação ou formigamento numa ou nas duas pernas (especialmente na parte de trás), conhecida por dor ciática, porque afeta o nervo ciático que passa por esta região.
Como aliviar a dor nas costas
Seu tratamento pode ser feito com sessões de fisioterapia e reeducação postural global, conhecida pela sigla RPG. Um bom tratamento caseiro é fazer exercícios de alongamentos e colocar uma compressa morna na região da dor.
2. Artrose na coluna
Apesar de ser mais comum nos idosos, também pode afetar jovens. A artrose na coluna pode ser causada por acidentes, excesso de atividade física, levantar muito peso, mas também há fatores genéticos envolvidos.
Sintomas de artrose na coluna
A artrose na coluna pode ser uma doença grave que gera sintomas como intensa dor nas costas e dificuldade em se levantar da cama, por exemplo.
Tratamento para artrose na coluna
Seu tratamento pode ser feito através da ingestão de remédios para a dor, sessões de fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia. Normalmente, quem tem artrose na coluna também sofre de artrose em outras articulações do corpo.
3. Hérnia de disco
Também conhecida popularmente como “Bico de papagaio”, a hérnia de disco pode ser uma situação grave, que requer cirurgia. No entanto, muitos pacientes conseguem viver com uma hérnia sem nenhuma dor.
Sintomas de hérnia de disco
Geralmente, a hérnia de disco causa dor na região onde ela se encontra, além de sensação de queimação, formigamento ou sensação de fraqueza nos braços ou nas pernas. Isso ocorre porque, conforme o disco intervertebral empurra a medula, as terminações nervosas são afetadas, causando dor e formigamento.
Tratamento para hérnia de disco
O tratamento para hérnia de disco pode ser feito com fisioterapia, remédios para aliviar a dor e o desconforto, acupuntura e hidroterapia, mas em alguns casos nem mesmo a cirurgia pode ser o suficiente par
a curar o indivíduo e, por isso, cada caso deve ser cuidadosamente avaliado pelo médico e pelo fisioterapeuta, para que o tratamento seja direcionado para sua necessidade.
Estas alterações da coluna podem afetar qualquer região da coluna, tanto cervical, como torácica e lombar. Sendo que a região cervical é próxima do pescoço, a torácica é a parte do meio das costas e a lombar é a parte final da coluna, como pode-se ver na segunda imagem.
Quando ir no médico
É aconselhado ir a uma consulta médica quando há dor na coluna que não passa mesmo com o uso de remédios para dor. O médico mais indicado para procurar nestes casos é o ortopedista, que poderá observar o indivíduo, ouvir as suas queixas e solicitar exames, como raio-x ou ressonância magnética, que podem ajudar no diagnóstico, sendo importante para decidir o tratamento mais adequado. A consulta médica também é indicada quando:
O indivíduo apresenta intensa dor nas costas, que não cede com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios;
Não é possível se mexer corretamente por causa da dor nas costas;
A dor é persistente ou piora com o passar do tempo;
A dor na coluna irradia para outras regiões do corpo;
Febre ou calafrios;
Se tiver tido algum tipo de acidente ultimamente;
Se perder mais de 5 kg em 6 meses, sem motivo aparente;
Não é possível controlar a urina e as fezes;
Fraqueza muscular;
Dificuldade em se movimentar pela manhã.
O médico que se deve procurar em caso de dor na coluna é o ortopedista ou o reumatologista. Ele deverá solicitar exames de imagem da coluna como raio x ou ressonância magnética e depois de ver os resultados decidir pelo melhor tratamento. Na consulta é importante dizer a característica da dor, quando ela começou, o que estava fazendo quando ela surgiu, se existe algum momento em que ela piora, se existem outras áreas afetadas.
O reumatismo
Dentro desta definição, enquadram-se inúmeras doenças com localizações e características muito diferentes, que afectam as estruturas articulares e musculares do organismo. São doenças degenerativas, muito relacionadas com o envelhecimento, e, por isso, a sua frequência tem vindo a aumentar, dado o aumento de esperança de vida média das populações.
Actualmente, conhecem-se mais de 150 tipos diferentes de doenças reumáticas.
As estimativas disponíveis indicam que, a cada momento, cerca de 2,7 milhões de portugueses sofre de algum tipo de queixas reumáticas, o que equivale a 25,7% da população.
As mulheres tendem a ser mais afectadas, correspondendo a cerca de 60% do total dos casos.
Cerca de 10% da população portuguesa sofre de uma doença reumática grave e incapacitante.
Emboras estas doenças afectem mais as pessoas idosas, as crianças também o podem ser. Por exemplo, a Artrite Reumatóide, o Lúpus Eritematoso Sistémico ou a Espondilite Anquilosante, atingem pessoas mais jovens e em idade produtiva.
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a noção de “sofrer de reumatismo” está incorrecta porque todas as doenças reumáticas têm um diagnóstico e tratamento específicos.
Podemos, no entanto, encontrar alguns elementos comuns às várias doenças reumáticas: são dolorosas, por vezes durante toda a vida, limitam a capacidade funcional e são “invisíveis”, na medida em que a dor, se não existir uma deformação articular visível, não é geralmente compreendida pelas pessoas nem mesmo pelos familiares do doente.
O que causa o reumatismo?
As causas variam em função das diversas doenças reumáticas. De um modo geral, as causas mais comuns são as formas degenerativas, em que o aparelho locomotor vai perdendo as suas características originais, como acontece nas artroses e na osteoporose; as inflamatórias, como a Artrite Reumatóide ou a Espondilite Anquilosante; as infecciosas; as imunológicas, como o Lúpus Eritematoso Sistémico e a Esclerodermia; e as metabólicas, como é o caso da Gota.
Está também identificada uma predisposição genética para várias formas de doenças reumáticas.
Quais os sintomas do reumatismo?
A queixa mais comum é, sem dúvida, a dor. Esta dor tenderá a variar na sua intensidade, no seu ritmo, na sua localização em função do tipo de doença reumática e essas características são importantes para o diagnóstico. Por exemplo, é importante distinguir a dor mecânica, que surge com o esforço sobre a articulação doente, da dor inflamatória, mais intensa ao acordar.
Outros sintomas e sinais frequentes são o calor e inchaço das articulações e a sensação de fraqueza ou rigidez ao executar actividades mínimas, como abotoar uma camisa ou escrever. Os doentes podem referir ainda fadiga acentuada, falta de energia, ou sensação de mal-estar.
Uma vez que as doenças reumáticas podem afectar outros órgãos, as queixas irão depender dos locais atingidos.
A doença reumática mais frequente é a osteoartrose, que afecta tanto a cartilagem como o osso nas articulações, causando dor, rigidez e limitação dos movimentos.
A artrose torna-se mais frequente à medida que se envelhece, afectando 80% das pessoas com mais de 60 anos embora apenas 20% apresentem queixas.
Outras doenças reumáticas bem conhecidas são a artrite reumatóide, a fibromialgia, o lúpus eritematoso sistémico, a gota, a polimialgia reumática, as tendinites mas esta lista poderia prolongar-se por muitas mais linhas.
Como se diagnostica o reumatismo?
Este diagnóstico pode ser difícil porque os sintomas das doenças reumáticas ocorrem em várias outras doenças.
De um modo geral, o médico reumatologista revê a história clínica do paciente, observa-o e requisita um conjunto de testes laboratoriais bem como estudos por imagem.
Algumas das análises mais importantes para o diagnóstico de uma doença reumática são os anticorpos antinucleares, a proteína C-reactiva, o complemento, a creatinina, a velocidade de sedimentação e o factor reumatóide. Poderá valer a pena examinar o líquido sinovial, presente nas articulações, em busca de células inflamatórias, bactérias ou vírus.
Como se trata o reumatismo?
Como regra, as doenças reumáticas não têm cura, sendo a excepção as formas infecciosas. Contudo, isso não significa que ser portador de uma doença reumática implique uma fonte constante de sofrimento obrigatório. Os tratamentos disponíveis permitem, em muitos casos, a manutenção de uma boa qualidade de vida.
Como se referiu, existem dezenas de diferentes doenças reumáticas e o seu tratamento variará de caso para caso. Actualmente, existem vários medicamentos eficazes para o controlo ou mesmo para a cura de algumas destas doenças.
O processo de avaliação e diagnóstico deve ser conduzido pelo médico reumatologista. É importante salientar que, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a probabilidade de controlar eficazmente qualquer uma das doenças reumáticas.
Dentro dos tratamentos disponíveis inclui-se o repouso, o exercício, uma dieta adequada, a fisioterapia, a hidroterapia, os medicamentos, dispositivos de contenção e, em alguns casos, a cirurgia. Com frequência, é importante combinar diversos tratamentos para um mesmo caso.
Os medicamentos prescritos podem ser analgésicos, anti-inflamatórios, corticóides, ou medicamentos biológicos, que actuam na evolução da doença.
Como se previne o reumatismo?
Na presença de doença reumática, é importante a protecção do aparelho locomotor, conservando a energia, protegendo as articulações afectadas, não as sobrecarregando, realizando exercícios que melhorem a mobilidade das articulações e, de um modo geral, mantendo-se activo(a).
Outros aspectos a considerar são a manutenção de uma alimentação equilibrada, o controlo do peso, a adopção de uma postura correcta, a escolha de sapatos e de um colchão adequados.
De acordo com as recomendações da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a presença de dores, rigidez ou inchaço numa articulação, durante um período superior a quinze dias, implica a visita a um médico reumatologista. Desse modo, será possível um diagnóstico mais precoce, um tratamento mais eficaz e uma qualidade de vida menos comprometida.
Tratamento da Bursite
O tratamento para bursite, que consiste na inflamação da bursa, que é uma bolsa que serve para proteger a articulação e o osso, deve ser orientado por um fisioterapeuta e tem como objetivo aliviar a dor e a inflamação da região afetada.
Desta forma, o tratamento da bursite pode ser feito com:
Repouso;
Colocação de gelo na região afetada durante 20 minutos, cerca de 3 vezes por dia;
Fisioterapia;
Ingestão de remédios analgésicos e anti-inflamatórios, como o Paracetamol, o Ibuprofeno ou o Diclofenaco, por exemplo, quer em comprimidos ou pomadas;
Injeções de corticoides, no caso de bursite crônica, em que a inflamação dura mais de 3 meses e a dor não passa;
Antibióticos, quando ocorre infecção.
A cirurgia para drenar o líquido da bursa ou remover completamente a bursa também pode ser uma opção de tratamento, mas só nos casos em que há infecção e os outros tratamentos não surtiram efeito.
Fisioterapia para bursite
O tratamento fisioterapêutico para bursite, incluindo para a bursite do tendão de Aquiles, deve ser diário e consiste no uso de aparelhos analgésicos e anti-inflamatórios, como o Tens, ultrassom, corrente galvânica ou microcorrentes, por exemplo, para diminuir a inflamação e a dor da região afetada.
Além disso, a fisioterapia também utiliza técnicas e exercícios para aumentar a mobilidade da articulação afetada e alongamentos musculares para melhorar a sua função.
O tratamento fisioterapêutico para bursite, geralmente, demora 6 meses e, após a fisioterapia, é recomendado que o indivíduo continue a praticar alguma atividade física para manter a articulação hidratada e os músculos fortes, para evitar um novo quadro de bursite.
Tratamento caseiro para bursite
O tratamento caseiro para bursite consiste na adoção de alguns cuidados para aliviar a dor e a inflamação da região afetada, como:
Colocar gelo durante 20 minutos, cerca de 3 vezes por dia;
Utilizar joalheiras, em caso de bursite no joelho, para suportar a articulação e diminuir a dor;
Não dormir para o lado do quadril com bursite;
Ao dormir, colocar travesseiros para suportar a articulação.
O tratamento natural para bursite pode ser feito através da alimentação, aumentando o consumo de alimentos com propriedades anti-inflamatórias, com o objetivo de reduzir a inflamação e a dor. Saiba quais os alimentos anti-inflamatórios.
Tratamento alternativo para bursite
O tratamento alternativo para bursite pode ser feito através da acupuntura, por exemplo, pois através da aplicação das agulhas na região afetada ou no meridiano correspondente é possível reduzir a inflamação e a dor.
Sinais de melhora
Os sinais de melhora da bursite surgem com o tratamento e incluem a redução da dor da região afetada e da dificuldade em movimentar o membro afetado.
Sinais de piora
Os sinais de piora da bursite estão relacionados com as suas complicações como infecção da bursa, por exemplo, e incluem o aumento da dor da região afetada e da dificuldade em movimentar esse membro, assim como, a vermelhidão e o aumento do inchaço da região afetada, que pode ficar também quente.