Neuroma de morton – Um dos problemas para quem usa salto alto

– O que é

O Neuroma de Morton é uma dor localizada no nervo interdigital (entre os metatarsos e os dedos) devido ao contacto entre o nervo e as cabeças dos metatarsos, causando dor frequentemente. o indivíduo tem que se sentar.

O neuroma de Morton não é realmente um tumor, mas o engrossar do tecido que envolve o nervo digital que percorre aos dedos do pé. Ocorre enquanto o nervo passa sob o ligamento que conecta os ossos do dedo do pé (metatarsos) no ante pé. O neuroma de Morton forma-se  mais frequentemente entre o terceiro e quarto dedos do pé, geralmente em resposta à irritação, ao trauma ou à pressão excessiva. A incidência do neuroma de Morton é 8 a 10 vezes maior nas mulheres do que nos homens.

– Complicações possíveis

  • As únicas complicações possíveis decorrentes do neuroma de Morton são a dificuldade crescente em caminhar e usar o pé para atividades simples, como pressionar o pedal ao conduzir, por exemplo, andar de bicicleta ou usar saltos altos.

– Causas

Os principais factores de risco para o Neuroma de Morton estão relacionados com altas pressões na região anterior do pé durante o passo ou compressão dos dedos e dos ossos da ponta do pé. Essa compressão pode ser decorrente de alguma alteração anatómica, atividades de alto impacto ou calçados inadequados. Fatores de risco:

  • Uso de salto alto e sapatos muito apertados, que aumentam a pressão na região durante o caminhar e comprimem os dedos;
  • Traumas na região, que podem causar lesões e inchaço, comprimindo o nervo;
  • Actividades de alto impacto, como saltos e corrida;
  • Deformidade em pé equino (situação patológica na qual a pessoa fica sempre na ponta do pé);
  • Dedos em garra;
  • Joanete.

– Sintomas

Pé ficara dolorido. A dor normalmente é pior quando os dedos do pé são apontados (virados) para cima, sensação de caminhar sobre berlindes. Possibilidade de dormência ou formigamento na área afectada. Possibilidade de sensibilidade entre os ossos do terceiro e quarto dedos ou entre os ossos do segundo e terceiro dedos.

 

 

– Tratamento convencional

  • Uso de anti-inflamatórios orais na fase aguda.
  • Alterações na biomecânica: Uso de almofadas metatársicas específicas facilmente encontradas no mercado, para distribuição do peso aliviando a sobrecarga na região afectada.
  • A escolha do calçado é importante, e com isso, uma avaliação dos arcos plantares e da posição do seu pé na marcha, por isto, o aconselhamento com um podologista é valioso e o melhor tratamento é sempre multi-disciplinar.
  • Há quem utilize a fonoforese é uma medida física utilizada com ultra-som onde se acrescenta ao gel de acoplamento, uma substância química para reduzir do quadro álgico e inflamatório.
  • Se houverem calosidades nas cabeças dos metatarsos pode reduzi-las com água morna, removendo-as raspando com pedra-pome.
  • Fisioterapia- Exercícios proprioceptivos: sendo aqueles que provocam desequilíbrios, cama elástica, andar em linha recta, giro-plano, agentes externos: Ultra- Sons, TENS, etc.
  • O tratamento cirúrgico às vezes é eficiente se outros tratamentos não obtiverem o resultado esperado.
  • Massajar o local para diminuir a sensibilidade, diminuir a rigidez do tecido e melhorar o espaço para diminuir a compressão do neuroma.
  • Aplicar gelo também diminui a dor e a sensação de compressão na região, e pode ser feito submergindo a parte anterior do pé num balde cheio de água, com pedras de gelo, por 15 minutos
  • A cirurgia pode lancetar uma pequena parcela do nervo ou libertar o tecido em torno do nervo, e envolve geralmente um período curto da recuperação.

– Tratamento osteopático

  • Manipulação/Mobilização dos metatarsos e dos dedos, para aumentar mobilidade, espaço inter-metatársico, fluxo nervoso e drenagem de toxinas. A manipulação dos tecidos mio-fasciais no sentido transverso pode ser bom recurso.

  • Exercícios de fortalecimento e alongamento podem ser recomendados: Flexão dos dedos do pé, bem como extensão dos dedos (dedos para cima ), com e sem resistência, acompanhados de flexão plantar e flexão dorsal.

– Prevenção

  • Usar calçados mais largos e confortáveis