Ombro congelado

Ombro congelado

Ombro congelado é o nome que se dá frequentemente a uma condição patológica designada por capsulite adesiva. Esta patologia caracteriza-se essencialmente por ter duas fases: primeiramente dor intensa para depois provocar a perda de amplitude de movimento do ombro, de tal forma que o paciente praticamente não consegue levantar o braço!

Quais são as causas desta patologia?

A causa do ombro congelado é muitas vezes difícil de se descobrir e frequentemente provem de um somatório de várias causas.

Pode ser causada por uma reação auto-imune. Numa reação auto-imune o nosso sistema de defesa do organismo, que normalmente protege das infecções, por engano começa a atacar os tecidos normais do próprio corpo. Isso provoca uma intensa reação inflamatória no tecido que está sob ataque.

Grande parte das vezes esta patologia ocorre após uma lesão no ombro, fratura ou cirurgia. Ele também pode iniciar após um período de imobilização, mesmo em ombros normais. Isso pode acontecer após uma fratura no punho, quando o braço é mantido imobiliado durante várias semanas. Por alguma razão, imobilização de uma articulação após uma lesão parece desencadear a resposta auto-imune em algumas pessoas.

Outros problemas do ombro como bursites, lesões do manguito rotatores ou síndrome do impacto podem acabar causando um ombro congelado. 

Como se desenvolve esta patologia?

Classicamente descrevem-se três fases nesta doença:

Uma fase dolorosa, que corresponde ao período de maior inflamaçãoda articulação. O doente sente uma dor predominantemente nocturna que não permite o sono tranquilo e uma redução progressiva  da mobilidade que o vai impedindo de levantar o braço e de chegar por exemplo atrás das costas.

Uma fase congelada em que a dor diminui, mas em que se mantem a redução da mobilidade, mantendo a incapacidade para uma vida com qualidade.

Uma fase de resolução em que progressivamente o doente readquire a mobilidade, mas que nem todos os utentes conseguem sem tratamento.

Como se trata esta patologia?

O tratamento passará por tratamentos prolongados de fisioterapia cujo principal objectivo é conseguir o aumento da amplitude articular usando técnicas de terapia manual que visem quebrar as aderências capsulares e devolver a elasticidade dos músculos peri-articulares.

Em casos mais reticentes ao tratamento será necessária intervenção cirurgica que será atraves de artroscopia ou mobilização sobre anestesia.