Dores nas costas
As dores no fundo das costas, as chamadas lombalgia, podem surgir em qualquer idade, mas são mais frequentes entre os 45 e os 64 anos. O envelhecimento natural tem alguma influência no seu aparecimento, mas o grande responsável parece ser o sedentarismo: sem exercício físico, os músculos abdominais e das costas perdem força e tornam-se menos eficazes na função de ajudar a coluna a suportar o corpo. A coluna acusa a sobrecarga e queixa-se, na maioria dos casos, através de uma dor dita não específica, por não existir um problema ou doença que possa ser apontada como causa. Na maioria dos casos, o problema desaparece em duas semanas, mas a fase aguda pode estender-se até 6 semanas.
Fatores de risco
O risco de sofrer de dores no fundo das costas aumenta com a idade. As profissões que implicam trabalhos muito pesados, elevação de cargas, exposição a vibrações, pouca atividade física ou a permanência sentado durante longos períodos favorecem esta dor. É o caso, por exemplo, dos trabalhadores da construção civil, dos operários que usam ferramentas pneumáticas e dos empregados de escritório. O tabaco, o stresse, a ansiedade, a baixa satisfação profissional, a falta de apoio social e a má relação com os colegas também parecem despertar o sofrimento.
A lombalgia pode surgir de forma repentina sem nenhuma causa aparente ou, por exemplo, após um esforço ou uma distensão muscular. Em geral, limita-se à região lombar e à perna. Não produz formigueiro e pode piorar quando se torce, estica e dobra ou quando se deita. Em geral, diminui ao adotar a posição fetal. Por regra, o problema desaparece entre uma e duas semanas, mas a fase aguda pode estender-se até seis semanas. Os tratamentos ajudam a reduzir a dor e a melhorar a funcionalidade, para que o paciente possa realizar as atividades do dia-a-dia.
Dicas para recuperar
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Não permaneça na cama durante muito tempo. Tente prosseguir com a sua rotina diária, incluindo a atividade física e profissional.
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Se necessário, tome analgésicos para combater a dor. O paracetamol é o mais indicado. Se não resultar, tome anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno.
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Os exames complementares de diagnóstico, incluindo a ressonância magnética ou a TAC, não têm utilidade na maioria dos casos. Não insista com o médico para que os prescreva.
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Evite transportar objetos pesados. Se o fizer, caminhe com as costas direitas, esforçando os abdominais. Ao empurrar a carga, poupa mais as costas do que ao puxá-la ou carregá-la.
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Não fume e pratique exercício físico regulamente. Caminhada, corrida ou natação: qualquer atividade ajuda. Não há provas de que exercícios específicos para as costas sejam mais eficazes do que manter-se em forma e ativo.
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Se a dor persistir, consulte o médico de família. O psicólogo também pode ajudar, dado que a vertente psicológica e social influenciam o sofrimento.